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A quarta-feira foi de festa nos mercados globais. O dólar à vista despencou para R$ 5,84, o Nasdaq subiu mais de 12% e o Ibovespa teve alta de 3,12%. Fim da crise? Está mais para uma pausa de um cenário ainda extremamente incerto. 

Depois de dias de sangria nos mercados financeiros globais, Donald Trump resolveu colocar um band-aid e anunciou que, por 90 dias, todas as tarifas recíprocas serão de 10%. Uma pausa no plano tarifário anunciado na semana passada e que desagradou gregos e troianos. 

No entanto, há uma exceção. Acompanhando o aumento das tarifas retaliatórias por parte da China, Trump também anunciou que o país asiático será sobretaxado em 125%. O presidente americano afirmou que Pequim está agindo com “falta de respeito com os  mercados mundiais”. “Estou aumentando a tarifa cobrada da China para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, espero que em um futuro próximo, a China perceberá que os tempos de explorar os EUA e outros países não são mais sustentáveis nem aceitáveis”, argumentou o chefe da Casa Branca. 

O fato de China e Estados Unidos ainda estarem trocando golpes no tabuleiro comercial global é um problema, mas a redução das tarifas mais amplas e a abertura para renegociação minimizaram — pelo menos por agora — os temores de uma crise econômica muito maior. 

O resultado mais expressivo pode ser visto nas bolsas de Nova York. O Nasdaq subiu mais de 12%, alçando o maior ganho diário de sua história. O S&P 500 avançou 9,51% e o Dow Jones teve alta de 7,87%. 

No Brasil, o Ibovespa também se beneficiou do bom humor externo. O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 3,12%, aos 127.795 mil pontos. O dólar à vista — que chegou a ser cotado a R$ 6,10 nesta manhã — caiu 2,53%, aos R$ 5,84. 

No caso do Ibovespa, a recuperação no preço das commodities foi um fator que deu gás extra aos negócios. O petróleo, por exemplo, saiu das mínimas dos últimos quatro anos para uma alta superior a 3%. A Vale, empresa de maior peso no índice, fechou em alta de 5,39%, ignorando a queda do minério de ferro registrado durante a madrugada. 

O volume financeiro na bolsa somou R$36,66 bilhões, em pregão marcado por forte volatilidade. Na parte da manhã, o Ibovespa chegou a cair abaixo dos 123 mil pontos. 

Como a situação trouxe algum alívio para o mercado de juros, empresas sensíveis — como varejo, consumo e educação — surfaram forte alta nesta tarde. Destaque para as ações do GPA, em alta de 18% 

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