Pré-mercado: Números Mostram Impacto da Guerra de Tarifas nos EUA

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Bom dia. Estamos na quarta-feira, 30 de abril.

Cenários

Abril se encerra nesta quarta-feira (30) com muitos indicadores econômicos. Dados da China, da Zona do Euro, dos Estados Unidos e do Brasil mostram o impacto da guerra de tarifas deflagrada por Donald Trump no início deste mês sobre as diversas economias.

O número mais importante será a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) americano do 1T25. A estimativa é de uma pesada desaceleração, com um crescimento de 0,2% ante os 2,4% registrados no 4T24. Apesar de o levantamento não considerar o início da alteração das tarifas, os investidores tendem a antecipar os movimentos. E vários indicadores antecedentes mostram que empresários e consumidores reduziram seus gastos em fevereiro e em março, temendo as mudanças.

Agora, o resultado do PIB deverá confirmar em que medida essa redução na demanda afetou o desempenho da economia como um todo.

Outros dados mostraram que as decisões de Trump tiveram impacto para além das fronteiras americanas. A atividade industrial chinesa caiu mais do que o esperado em abril. O índice de gerentes de compras (Purchasing Managers Index, PMI) industrial caiu para 49,0 em abril ante 50,5 em março, ficando bem abaixo das expectativas de 49,7.

Já a economia europeia teve um desempenho melhor do que o esperado. O PIB da Zona do Euro cresceu 0,4% no 1T25, acima da expectativa de 0,2%. O PIB da PIB da Alemanha, maior economia da Europa, cresceu 0,2% e o PIB da França avançou 0,1%.

Perspectivas

Para além do PIB, haverá a divulgação de dois indicadores importantes da economia americana, a inflação de março medida pelo Personal Consumption Expenditure (PCE), considerado o indicador de preferência do Federal Reserve (FED), o banco central americano. E também a criação de vagas em empresas privadas calculada pela empresa ADP.

Considerando-se o acumulado em 12 meses, a projeção é de uma desaceleração do PCE para 2,2% em março ante os 2,5% nos 12 meses até fevereiro. A estimativa para o núcleo do PCE, que não considera os preços mais voláteis de alimentos e de energia, é de desaceleração para 2,6% ante os 2,8% anteriores. No entanto, variações acima do esperado podem confirmar as projeções negativas de Jerome Powell, presidente do FED, de que a economia americana está entrando em uma situação de inflação elevada e baixa demanda, a chamada estagflação.

Indicadores

  • Brasil

Taxa de desemprego (Mar)
Esperado: 7,0%
Anterior: 6,8%

  • Estados Unidos

PIB 1T25 (trim.)
Esperado: 0,2%
Anterior: 2,4%

Índice de Preços PCE (Mar)
Esperado: 0,0%
Anterior: 0,3%

Índice de Preços PCE (12m)
Esperado: 2,2%
Anterior: 2,5%

Núcleo do Índice de Preços PCE (Mar)
Esperado: 0,1%
Anterior: 0,4%

Núcleo do Índice de Preços PCE (12m)
Esperado: 2,6%
Anterior: 2,8%

Variação de empregos privados ADP (Abr)
Esperado: 114 mil
Anterior: 155 mil

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