Parte da Soja do RS Tem Queda do Potencial com Seca e Calor

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Parte da safra de soja 2024/25 do Rio Grande do Sul apresenta redução do potencial produtivo devido ao tempo seco e calor que atingem o Estado, com algumas lavouras com “perda total, inviabilizando a colheita”, afirmou nesta quinta-feira (6) a Emater, empresa de assistência técnica ligada ao governo.

A condição das lavouras do Rio Grande do Sul, um dos três principais Estados produtores de soja do Brasil, “permanece crítica em diversas áreas, especialmente no centro e no oeste, onde os volumes de chuva têm ficado abaixo da média histórica desde novembro de 2024”, apontou o relatório.

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A última semana também foi marcada por tempo predominantemente seco e temperaturas elevadas em boa parte do Estado, que registrou máximas acima dos 40 °C em várias localidades. A temperatura mais elevada, de 43,8 °C, foi vista no dia 4 de fevereiro, em Quaraí, na divisa com o Uruguai. “Os cultivos de soja no Estado estão heterogêneos entre as regiões devido à distribuição irregular das chuvas”, afirmou.

A safra de soja do Rio Grande do Sul está estimada em 20,34 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), crescimento de 3,5% ante a temporada passada, segundo levantamento divulgado em janeiro.

Analistas citaram esta semana que impactos climáticos negativos no Rio Grande do Sul, contudo, não deverão impedir que o Brasil tenha uma safra recorde, já que outras áreas do país, como o Mato Grosso e Goiás, apresentam boas condições.

Segundo a Emater, mesmo na região leste gaúcha, onde os volumes de chuva foram mais significativos, “observam-se algumas irregularidades, principalmente na redução do porte das plantas, o que poderá provocar algum impacto na produtividade”.

Nas regiões “críticas”, a projeção inicial de produção não será alcançada, destacou a Emater. A empresa afirmou ainda que as lavouras recém-semeadas germinaram bem, mas o desenvolvimento inicial dependerá da ocorrência de precipitações.

Segundo a Emater, a “inacessibilidade” a seguros agrícolas públicos ou os custos elevados dos privados, em função da recorrência de perdas por eventos climáticos nos últimos anos, particularmente no noroeste, promete agravar a situação financeira dos produtores.

Milho

A Emater afirmou ainda que o período seco e quente favoreceu, por outro lado, a maturação das lavouras de milho, “resultando em uma evolução significativa da colheita, que passou de 38% para 43% da área projetada”.

No entanto, os cultivos semeados mais tardiamente enfrentaram os impactos da estiagem, principalmente onde as precipitações foram baixas, acrescentou. “Nessas áreas, as perdas tendem a ser expressivas, uma vez que há comprometimento do porte das plantas e da emissão foliar, além de impacto direto na polinização.”

O Rio Grande do Sul é o principal produtor de milho do Brasil na primeira safra, com colheita estimada pela Conab em 4,3 milhões de toneladas, uma queda de 11,4% na comparação anual.

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