Marcas mais valiosas não são as mais amadas pelos funcionários

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“Employee Experience”, ou a experiência do colaborador, é a chave para se tornar um bom empregador, o que ajuda a atrair talentos e melhora a produtividade

Na última semana, a consultoria global Interbrand divulgou seu levantamento com as marcas mais valiosas do Brasil, liderado pelos bancos Itaú e Bradesco. A companhia leva em conta o potencial financeiro das empresas, assim como a sua influência no processo de decisão do consumidor, e lista 25 empresas.

As marcas mais valiosas, no entanto, não são as que têm os melhores resultados nos levantamentos de marcas empregadoras, aqueles que medem a satisfação dos funcionários. Em comparação com o ranking Best WorkPlaces, feito pela plataforma Infojobs, resultado de 11 milhões de avaliações espontâneas de funcionários e ex-funcionários, não há nenhuma coincidência entre os 10 primeiros lugares dos dois rankings.

Se considerarmos as 25 mais valiosas e as 50 melhores marcas empregadoras, quatro empresas estão nos dois rankings: Itaú, SulAmérica, Porto Seguro e Magazine Luiza. “As grandes companhias que recebem destaque têm foco na eficácia e design organizacional com a gestão de mudanças, principalmente para implementar melhores processos de recrutamento”, diz Ana Paula Prado, CEO do InfoJobs. “É necessário trabalhar a cultura organizacional – crenças, valores e normas que influenciam o clima de uma empresa para construir uma marca empregadora forte.”

A multinacional de recursos humanos Randstad também divulga anualmente uma pesquisa de marca empregadora. Em comum com o ranking da Infojobs estão Johnson & Johnson, Mercedes-Benz, Unilever e Bayer.

As 10 marcas mais valiosas do Brasil segundo a Interbrand

Itaú
Bradesco
Skol
Brahma
Banco do Brasil
Natura
Nubank
Petrobras
Magazine Luiza
Vivo

As 10 melhores marcas empregadoras do Brasil, segundo a Infojobs

Hospital Israelita Albert Einstein
SulAmérica Seguros
Basf
Johnson & Johnson
Unilever
Mercedes-Benz Do Brasil
Bayer
GHC – Grupo Hospitalar Conceição
Wiz Soluções
Siemens do Brasil

As 10 melhores marcas empregadoras, segundo a Randstad

Johnson & Johnson
Mercedes-Benz
Nestlé
Procter & Gamble
HP
Unilever Brasil
Bayer
Volkswagen
Toyota
Philips

Atração e retenção de talentos

A Infojobs, uma plataforma de oportunidades profissionais e busca de talentos, faz o levantamento anualmente desde 2018 a fim de reconhecer as empresas mais bem avaliadas pelos colaboradores. Para concorrer, as companhias precisam atuar no Brasil e ter mais de 50 avaliações dos colaboradores publicadas no Infojobs Advisor.

>> Leia também: Retenção de talentos: o que fazer para segurar os melhores

A lista tem 50 empresas de diferentes segmentos, como educação, varejo e recursos humanos. As organizações recebem avaliações e são pontuadas de 1 a 5 seguindo os seguintes critérios:

Avaliação Geral;
Ambiente de Trabalho;
Salários e Benefícios;
Diretoria;
Oportunidades e Carreira;
Empresa Recomendável

As empresas reconhecidas no ranking naturalmente já retêm os funcionários com suas políticas internas, mas estar entre os melhores empregadores é também uma forma de atrair talentos. De acordo com a InfoJobs, 62,4% dos profissionais respondentes acompanham as empresas do ranking, e 98,3% dizem que esse tipo de reconhecimento gera desejo de trabalhar nas empresas ranqueadas. “Ao buscar uma oportunidade, as pessoas levam a sério a opinião dos colaboradores que já integram as empresas.”

O caminho para se tornar um bom empregador

“Employee Experience”, ou a experiência do colaborador, é a chave para se tornar um bom empregador. “Algumas das vantagens são: atração de talentos, aumento de motivação, maiores índices de produtividade e menor rotatividade.”

A CEO do InfoJobs cita alguns passos – além de ter um especialista cuidando do assunto – para garantir que os colaboradores tenham experiências positivas na empresa e as compartilhem com seus colegas de trabalho.

Entender como a organização quer ser lembrada/vista pelo colaborador;
Analisar o cenário geral: quais os desafios e necessidades do time;
Consultar os colaboradores para obter uma visão assertiva;
Desenhar a jornada de um funcionário: do momento de entrada, com o onboarding, ao dia do desligamento;
Montar um planejamento com cronograma para aplicação, seguindo os valores culturais da empresa. Ele deve conter oportunidades de aprendizagem, crescimento, melhorias salariais e desafios, com reconhecimento e relação saudável com a liderança.

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