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Após liderar os ganhos do Ibovespa em 2024 com uma valorização de mais de 160%, a Embraer apresenta ganhos mais tímidos em 2025, mas segue agradando o mercado. Nesta terça-feira (6), a fabricante brasileira de aeronaves divulgou um prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre, significativamente acima da perda de R$ 63,5 milhões registrada no mesmo período do ano anterior.
Mesmo diante de pressões externas e desafios na cadeia de suprimentos, principalmente em peças de fuselagem e motores, a Embraer continua sendo vista por analistas como uma das empresas com maior potencial de crescimento na bolsa. No ano, as ações EMBR3 acumulam alta de quase 15%.
Apesar do resultado líquido negativo, a companhia apresentou avanço operacional. O Ebitda ajustado somou R$ 620,6 milhões, quase três vezes o valor apurado no primeiro trimestre de 2024, com a margem subindo de 5,3% para 9,7%. A Embraer também reiterou suas projeções de entregas para o ano: entre 77 e 85 aviões comerciais e de 145 a 155 jatos executivos.
Durante a teleconferência de resultados, o CFO Antonio Garcia alertou para um possível impacto limitado de até 90 pontos-base nas margens de EBIT ao longo dos próximos três trimestres, decorrente das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. Segundo ele, a empresa está adotando medidas de eficiência para mitigar o efeito das novas taxas, que ainda não afetaram os resultados do primeiro trimestre.
O CEO Francisco Gomes Neto afirmou que o impacto deve se concentrar nas divisões de aviação executiva e serviços, especialmente nos modelos Phenom e Praetor, mais expostos ao mercado norte-americano. Ainda assim, a empresa manteve a projeção de margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% para 2025.
Em paralelo, a Embraer segue em negociações com o governo e companhias aéreas da Índia para potenciais acordos envolvendo os jatos E2 e a aeronave militar C-390.
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