Black Mirror: a Tecnologia do Episódio “Pessoas Comuns” Pode Existir?

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Contém Spoilers

O episódio “Pessoas Comuns”, da sétima temporada de Black Mirror, apresenta uma tecnologia fictícia chamada Rivermind, que utiliza implantes cerebrais conectados a servidores externos para manter uma pessoa viva. Embora a trama seja distópica, ela levanta questões sobre o avanço de tecnologias reais, como chips cerebrais e modelos de assinatura digital, que já estão em desenvolvimento.

A ideia de implantes cerebrais que interagem com servidores externos não está tão distante da realidade. Empresas como a Neuralink, de Elon Musk, estão desenvolvendo chips cerebrais com o objetivo de restaurar funções motoras e conectar o cérebro humano a dispositivos eletrônicos. Esses implantes já foram testados em animais e receberam autorização para ensaios clínicos em humanos. No entanto, o uso de tais tecnologias para manter uma pessoa viva, como mostrado no episódio, ainda é um conceito experimental e enfrenta desafios éticos e técnicos significativos.

Além disso, o modelo de assinatura apresentado no episódio, onde o funcionamento do implante depende de pagamentos mensais, reflete práticas de monetização já vistas em serviços digitais. A dependência de assinaturas para acessar funcionalidades essenciais é uma crítica direta a empresas que oferecem planos abusivos e mudanças inesperadas nos contratos, como ocorre em plataformas de streaming e aplicativos.

O impacto e os dilemas éticos

Embora tecnologias como a Rivermind ainda sejam fictícias, elas destacam dilemas éticos que já estão sendo discutidos. A possibilidade de monetizar a sobrevivência humana e utilizar o cérebro como fonte de dados para servidores levanta preocupações sobre privacidade, exploração e desigualdade. O episódio também reflete o impacto psicológico e social de depender de tecnologias invasivas, algo que pode se tornar uma realidade conforme avanços como os da Neuralink evoluem.

A narrativa de Black Mirror serve como um alerta sobre os riscos de tecnologias emergentes e a necessidade de regulamentações que protejam os usuários. Enquanto a ficção explora cenários extremos, ela nos convida a refletir sobre o futuro que estamos construindo e os limites que devemos impor ao uso da tecnologia.

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