As 10 Pessoas Mais Ricas da América Latina em 2025

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Há um número recorde de 3.028 bilionários ao redor do mundo, mas apenas 95 são da América Latina, uma queda em relação aos 110 registrados no ano passado. Esse grupo de empreendedores, investidores e herdeiros possui um patrimônio combinado de US$ 484,3 bilhões (R$ 2,813 trilhões), US$ 46 bilhões (R$ 267,3 bilhões) a menos do que em 2024.

O Brasil, que tem o maior número de bilionários da região, contribuiu para essa queda, já que o país enfrenta desafios econômicos e luta para conter a inflação. Dos 18 nomes que saíram da lista na América Latina, 15 eram brasileiros, incluindo nomes notáveis como o “Rei da Soja” Blairo Maggi, acionista controlador da produtora de soja Amaggi, e João Alves de Queiroz Filho, fundador da Hypera Pharma. No entanto, o país conseguiu adicionar dois novos nomes à lista este ano: Max Van Hoegaerden Herrmann Telles, herdeiro da Anheuser-Busch InBev (patrimônio estimado em US$ 5,8 bilhões – R$ 33,7 bilhões), e o empresário de energias renováveis Mário Araripe (US$ 3 bilhões – R$ 17,43 bilhões).

Enquanto o Brasil perdeu o maior número de bilionários da América Latina no último ano, os bilionários mexicanos foram os que mais perderam dinheiro. Um peso mexicano enfraquecido — com desvalorização de 20% frente ao dólar — e uma enxurrada de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudaram a derrubar o patrimônio combinado das pessoas mais ricas do México em US$ 36,9 bilhões (R$ 214,3 bilhões), chegando a um total de US$ 167,1 bilhões (R$ 971,9 bilhões). Ninguém na região perdeu mais do que Carlos Slim Helú (US$ 82,5 bilhões – R$ 479,3 bilhões), que viu seu patrimônio encolher em US$ 19,5 bilhões (R$ 113,4 bilhões), à medida que as ações de sua empresa de telecomunicações América Móvil e de seu conglomerado Grupo Carso caíram 20% e 15%, respectivamente, em meio às flutuações cambiais; ele caiu da 14ª para a 19ª posição no ranking mundial.

Ricardo Salinas Pliego (US$ 4,9 bilhões – R$ 28,5 bilhões), que no ano passado ocupava o sétimo lugar entre os mais ricos da região e o terceiro lugar no México, perdeu US$ 8,5 bilhões (R$ 49,4 bilhões) após as ações de seu conglomerado Grupo Elektra despencarem 70% devido à suspensão das negociações, decorrentes de acusações de fraude e disputas de dívidas entre as empresas de Salinas e o governo mexicano.

Para conter a queda no valor, o conselho do Grupo Elektra decidiu fechar o capital da empresa no final de 2024; a transição deve ser concluída até maio. Enquanto isso, os irmãos Juan Domingo (US$ 1,9 bilhão – R$ 11,0 bilhões) e Karen Beckmann Legorreta (US$ 1,3 bilhão – R$ 7,5 bilhões) perderam, respectivamente, US$ 2,7 bilhões (R$ 15,7 bilhões) e US$ 1,9 bilhão (R$ 11,0 bilhões), com a queda das ações da Becle, empresa por trás da marca de tequila Jose Cuervo, que atingiram o menor valor histórico em 4 de março, quando entraram em vigor tarifas sobre importações do México, Canadá e China. As tarifas foram suspensas dois dias depois, mas os papéis ainda não se recuperaram.

Fora do México e do Brasil, o cenário não foi tão sombrio. O bom desempenho de instituições financeiras trouxe de volta à lista um banqueiro argentino, Delfín Jorge Ezequiel Carballo (US$ 1,2 bilhão – R$ 6,97 bilhões) e um banqueiro chileno Luis Enrique Yarur Rey, (US$ 1,3 bilhão – R$ 7,5 bilhões), e aumentou em 68% a fortuna da pessoa mais rica da Venezuela, Juan Carlos Escotet (US$ 7,4 bilhões – R$ 42,9 bilhões).

Outro retorno à lista é Eduardo Hochschild (US$ 2,4 bilhões – R$ 13,9 bilhões), presidente do grupo familiar Hochschild Group, sediado no Peru. O único cidadão peruano presente na lista retorna após a valorização das ações da empresa de mineração do grupo, graças ao retorno à lucratividade em 2024 e ao pagamento de dividendos robustos.

Dois bilionários latino-americanos notáveis faleceram este ano: Gregorio Pérez Companc, que transformou o Grupo Perez Companc em um dos maiores conglomerados da Argentina, morreu em junho de 2024. O magnata havia planejado sua sucessão em 2009, quando distribuiu participações iguais na holding do conglomerado entre seis de seus filhos. Neste ano, três dos irmãos compraram as cotas dos demais. Luis, Rosario e Pilar Perez Companc são agora os proprietários majoritários, mas nenhum dos três se tornou bilionário individualmente até o fechamento da lista. Já o chileno Horst Paulmann faleceu em março. Paulmann fundou o gigante do varejo Cencosud a partir de um único supermercado no centro do Chile em 1963. Quando morreu, a empresa já estava presente em cinco países da América Latina e registrava receita anual de US$ 17,5 bilhões (R$ 101,7 bilhões).

Aqui estão as 10 pessoas mais ricas da América Latina:

 










 

 

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