Os negócios borbulhantes de Sibylle Scherer, presidente mundial da maison Chandon

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Sibylle Scherer presidente mundial da maison Chandon, diz que toda mulher pode ser o que desejar

“Vivo em Paris, mas se me convidarem para morar no Brasil, venho com muito gosto”, disse a alemã Sibylle Scherer, em sua terceira visita ao país, desde que assumiu o posto de presidente mundial da maison Chandon, do grupo LVMH, em 2018. “Na primeira vez que estive aqui, de cara gostei das pessoas. Vocês são adoráveis. Sem falar da natureza, que é maravilhosa”, afirmou.

Há 30 anos no mercado de luxo – com passagens pela grife alemã Escada e pela rede internacional DFS, de lojas de aeroportos –, ela é a primeira mulher a ocupar o cargo máximo na tradicional produtora de espumantes, fundada em 1959. Sybille está à frente do maior terroir do mundo, que reúne áreas vinícolas no Brasil, Argentina, Estados Unidos, Índia, China e Austrália.

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Para apresentar os novos espumantes da marca no Brasil desenvolvidos pelo enólogo da casa, Philippe Mével, com toques de frutas tropicais, como maracujá e acerola, Sibylle recebeu um grupo de jornalistas, influenciadores e convidados na Casa Chandon, em São Paulo, em uma “experiência sensorial”. E conversou com a coluna sobre produtos de luxo, consumo consciente, mercado brasileiro, negócios da China e, claro, sucesso.

“No mercado de luxo, o glamour só não basta, é preciso oferecer substância e credibilidade. Hoje as perguntas são: ‘Como você fabrica seu produto?’ e ‘Como você trata o seu pessoal?’. Na Chandon, tudo gira em torno da viticultura sustentável, da diversidade dos solos onde plantamos nossas uvas e o que devolvemos para o nosso pessoal. É importante mostrar o processo de produção e o quanto de paixão e coração é colocado em nossos produtos. Não se trata de aumentar o consumo, mas de promover um consumo melhor”, afirma.

“Andávamos quietos em relação ao mercado brasileiro, mas sabemos do grande potencial a ser explorado. Por isso investimos em maquinário, em tecnologia, novos meios de produção sustentável e em uma distribuição mais abrangente. Acredito em um futuro brilhante no Brasil. Já na China, nossos vinhedos estão próximos à fronteira com a Mongólia, onde a temperatura chega a -30 oC. É preciso enterrar as plantações no inverno – para não serem destruídas pelo clima extremo – e desenterrá-las na primavera. Além disso, o mercado chinês não está habituado ao consumo de espumantes. Mas é um investimento complexo e a longo prazo. Pensamos em um planejamento de 30 anos, para oferecer o melhor produto para novas gerações.”

Sybille prossegue: “Ser mulher ocupando um cargo de liderança é algo completamente natural. Hoje em dia toda mulher pode ser o que desejar. É preciso ter convicção naquilo que se faz, ser ousada e acreditar em si mesma. E nunca ter receio ou vergonha de pedir ajuda quando necessário”.

Para ela, “sucesso pessoal é construir algo do qual as pessoas possam se beneficiar e fazer disso um legado. Profissionalmente, é executar um trabalho bem feito para que quem vier substituir você possa ter um bom ponto de partida”.

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