Está chegando o dia em que abandonamos as resoluções de Ano Novo

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Pode soar estranho, mas existe uma data para isso. Sim, para aquele momento de desânimo em que uma e outra meta vão ficando no meio do caminho. É que, de acordo com uma pesquisa conduzida pela plataforma Strava, a maioria das pessoas começa a desistir das suas resoluções de Ano Novo lá pelo dia 19 de janeiro — o que foi batizado como “Quitter’s Day”.

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Compartilho essa informação não como uma sentença, como se todos estivessem destinados a abandonar seus desejos e objetivos daqui a alguns dias, mas porque esse dado me inspirou algumas reflexões.

Além de, claro, chamar muito a atenção o fato das resoluções serem esquecidas logo no primeiro mês do ano.

Afinal, o que faz com que alguém deixe de lado sua lista de resoluções e, ainda por cima, tão rapidamente?

Fiquei com essa pergunta na cabeça e comecei a pensar sobre algumas possibilidades aplicadas à carreira, que é o nosso foco aqui. Uma hipótese pode ter a ver com o tempo. Mais especificamente, com a expectativa de que algo será alcançado dentro de um prazo menor do que acontece na realidade.

Muitas pessoas começam o ano com a meta de mudar de emprego ou mesmo de área de atuação, por exemplo, e imagino que pode ser frustrante constatar que o alcance desse objetivo não depende única e exclusivamente de você. E que, portanto, a resolução pode levar mais tempo do que o “planejado”.

Ainda que a rede de networking seja acionada, que o currículo esteja atualizado e que o talento fique de olho nas vagas, existe um contexto influenciando a disponibilidade de um determinado posto de trabalho. O cenário econômico e a demanda em algumas áreas de atuação vão interferir nesta jornada que pode ser mais longa do que imaginado inicialmente.

Se o tempo é um dos fatores que o desmotiva, meu conselho é: não desista. Não é porque algo não acontece na nossa hora que não vale a pena esperar e persistir.

Outra possibilidade para o que eu vou chamar de “desistência prematura” é o grau de dificuldade. É comum que, na empolgação de fim de ano, sejamos audaciosos e tracemos metas realmente desafiadoras.

Isso, em si, não é um problema. A questão é quando criamos uma expectativa pouco realista em relação à jornada, subestimamos a complexidade daquele sonho, simplificamos o planejamento das etapas e, aí, nos frustramos no primeiro tropeço.

Mais do que traçar metas, o que você precisa é traçar planos. Do contrário, você apenas estará criando uma lista de desejos e “torcendo” para que ela seja realizada como em um passe de mágica.

Para evitar o “abandono” de resoluções prematuramente, entenda quais passos fazem parte daquele objetivo.

O que será necessário fazer para cumprir determinado propósito de carreira, quais profissionais podem aconselhá-lo e orientá-lo, o que deverá ser aprendido, quais habilidades precisarão ser desenvolvidas, enfim, qual será o caminho a percorrer.

Outro item que acrescentaria nessa lista do que leva alguém a deixar uma meta de lado é a ilusão da onipotência. Calma, eu explico.

Como já comentei em alguns artigos, uma jornada de carreira bem-sucedida é aquela que é compartilhada: um caminho percorrido ao lado de pessoas que admiramos e confiamos. Eu mesma tive grandes mentores me apoiando e também tive o privilégio de mentorar diversos talentos.

É essa capacidade de nos cercar de profissionais incríveis, de saber escutar, de pedir ajuda e de ter humildade para aprender com os outros que nos leva longe. Tudo isso junto vai ajudá-lo também a alcançar seus objetivos de carreira.

Achar que você deve fazer absolutamente tudo sozinho (porque, afinal, a resolução de Ano Novo é sua) pode ser fonte de grande frustração quando os momentos difíceis chegarem — e eles, veja bem, fazem parte do desafio.

Provavelmente, em certas ocasiões ao longo de 2022, você terá dúvidas, encontrará obstáculos e se sentirá cansado, mas, com as pessoas certas ao seu lado, conseguirá ter força para seguir em frente.

Com certeza, existem mais razões para o “abandono” das metas de Ano Novo e, talvez, antes de deixar de lado as suas resoluções, você deveria refletir sobre o que está fazendo-o desistir.

Tão importante quanto criar uma lista com os nossos sonhos e ir atrás deles, é entender o que pode nos impedir de chegar lá para, assim, saberemos contornar essas pedras no meio do caminho.

Uma vez identificada a fonte do seu desânimo, tenho certeza que você conseguirá seguir em frente e não entrar na estatística do dia 19 de janeiro.

Que você tenha uma excelente jornada em 2022 e que todos os seus objetivos sejam alcançados!

 

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