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Cenários
Depois de meses de espera, o presidente eleito Donald Trump toma posse nesta segunda-feira. A data coincide com um feriado federal americano, o dia de Martin Luther King, o que suspende as atividades nos mercados.
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No início de seu primeiro mandato em 2016, Trump adotou logo cedo várias medidas que provocaram um certo caos durante as primeiras semanas. Várias Ordens Executivas (Executive Orders), equivalentes às Medidas Provisórias no Brasil, alteraram políticas econômicas e de imigração. Agora, espera-se algo parecido. Um levantamento das declarações de Trump durante a campanha e após a vitória eleitoral mostra que ele prometeu tomar 11 medidas no curtíssimo prazo.
Para além de decisões sobre a pauta de costumes, em termos econômicos um dos pontos mais importantes são as tarifas. Semanas após sua eleição, Trump prometeu que assinaria uma ordem executiva para implementar uma tarifa de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá, dois dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. Ele havia proposto também tarifas de 10% para os demais países e de 60% para a China. Durante sua campanha, Trump referiu-se às tarifas como “a palavra mais bonita do dicionário”.
Perspectivas
Quais podem ser as consequências para o Brasil? Trump passou a campanha tomando as dores dos eleitores que vêm sofrendo com o custo de vida elevado. No entanto, se ele colocar em prática promessas como restrição à imigração e implantação de tarifas comerciais, a inflação e os juros deverão subir. Isso quer dizer um dólar mais apreciado em relação ao real, com juros e inflação em alta no Brasil também. Esse deverá ser o primeiro e mais importante impacto das medidas iniciais de Trump.
Em um primeiro momento, o cenário não é positivo. O impacto do novo governo vai depender, e muito, de como serão aplicadas as tarifas comerciais. O que os políticos dizem nos palanques eleitorais é muito diferente do que fazem nos gabinetes presidenciais. Apesar de todas as promessas de Trump, a economia americana é próspera – apesar de essa prosperidade ser cada vez mais desigual – devido à sua extrema abertura. Alterar isso de maneira súbita pode provocar mais problemas do que soluções para o americano médio, que é quem comparece às urnas, e as decisões podem ser anunciadas com muito barulho e depois serem silenciosamente ajustadas.
Indicadores
Brasil
Relatório Focus
Estados Unidos
Sem indicadores relevantes – Feriado
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