Na Corrida da IA, Oracle Prefere Fugir da Linguagem Generalista

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O investimento em empresas especializadas em IA, vindo de fundos de investimento, cresceu 80% em 2024 passando a marca de US$100 bilhões. Em outro movimento, gigantes como Microsoft e Meta, por exemplo, de olho neste mercado, optaram por desenvolver suas próprias linguagens, as chamadas LLMs.

Esse, no entanto, não é o caminho que a Oracle, avaliada em mais de US$430 bilhões, pretende tomar. De acordo com Leandro Vieira, vice-presidente de Inteligência Artificial e Empresas High-tech na Oracle América Latina, a empresa decidiu, estrategicamente e, mesmo sendo cobrada por isso, não investir em uma linguagem generalista. Vale lembrar, no entanto, que a Oracle é uma das principais fornecedoras de nuvem para IA no mundo.

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Atualmente, a empresa possui Meta como cliente e distribui sua IA. Além da OpenAI, dona do ChatGPT, também como cliente. “Ao invés de colocar esforços em uma linguagem generalista, nosso principal objetivo é desenvolver parcerias e reforçar aos nossos clientes que temos soluções especializadas e assertivas para determinadas indústrias e áreas”, destaca.

Ainda de acordo com Leandro, também existe o caminho da empresa em transformar um modelo generalista em especialista. “Nosso valor agregado aqui é pegar uma linguagem generalista e ajudar nossos clientes a adaptá-la e transformá-la em especialista”.

Indústria e assertividade

No contexto de uma IA generalista, os riscos das chamadas alucinações , quando o sistema cria uma informação sem sentido, são maiores. De acordo com João Pedro Voltani, Fundador e Diretor de Engenharia da Tractian e parceiro da Oracle, é importante ter várias camadas de segurança e julgamento em sistemas especializados.

“Somos especializados, por exemplo, em indústria. Um ponto crítico de manutenção, por exemplo, tenho que reforçar minha camada de segurança e em um modelo direcionado isso é garantido”, destaca. Ele reforça, por exemplo, que modelos generalistas ainda trazem o desafio de contextos. “É muito importante, no caso da indústria, que tenhamos modelos que possibilitem contextos específicos.”

“A indústria é muito pragmática, logo, não é possível surfar em um hype ou fazer com que um profissional tenha que falar com a IA, é preciso muita assertividade. Ou seja, a tecnologia tem que funcionar.”

Custo e acesso

Segundo Bruno Pierobon, CEO e cofundador da Neospace, um lado positivo do avanço das LLMs e do chamado hype da IA, por outro lado, está na escalabilidade e no custo da própria tecnologia que passa a ser mais acessível e ajuda, principalmente, no preparo das equipes.

“As possibilidades são cada vez maiores e reforçam o potencial da IA em deixar nossos desenvolvedores e programadores mais especializados” , destaca Bruno.

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