Dólar Retorna a Níveis de Dezembro e Ibovespa Sobe Quase 3%

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O Ibovespa fechou em alta de quase 3% nesta quarta-feira, orbitando 123 mil pontos na máxima, embalado pelo viés positivo em Wall Street e queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano após dados de inflação nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,84%, a 122.686,96 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 122.987,84 pontos na máxima e 119.302,94 pontos na mínima da sessão.

O volume financeiro alcançava 23,9 bilhões de reais antes dos ajustes finais, em pregão marcado ainda pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Dólar

O dólar voltou a cair nesta quarta-feira e se reaproximou dos R$ 6,00, em sintonia com a queda da moeda norte-americana e dos rendimentos dos Treasuries no exterior, após dados de inflação nos Estados Unidos sugerirem que o Federal Reserve pode cortar mais os juros em 2025.

O dólar à vista fechou em queda de 0,36%, a R$ 6,0251, menor cotação de encerramento desde 12 de dezembro de 2024, quando terminou a sessão a R$ 6,0128. Em janeiro a moeda acumula baixa de 2,49%.

Às 17h05 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — cedia 0,67%, aos 6,0415 reais.

No início do dia o dólar chegou a oscilar no território positivo no Brasil, enquanto investidores aguardavam pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, às 10h30. Quando os dados saíram, o dólar despencou em todo o mundo.

Inflação americana

O CPI subiu 0,4% em dezembro, depois de avançar 0,3% em novembro. Nos 12 meses até dezembro, a inflação foi de 2,9%, depois de ter registrado 2,7% em novembro.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice teve alta de 0,2% em dezembro, após um ganho de 0,3% no mês anterior. O chamado núcleo do CPI havia aumentado 0,3% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até dezembro, o núcleo aumentou 3,2%, depois de ter subido 3,3% em novembro.

Os números foram bem-recebidos pelo mercado, que viu chances maiores de o Fed cortar juros mais vezes em 2025. Isso pesou sobre os rendimentos dos Treasuries e, em paralelo, sobre as cotações do dólar.

Após marcar a cotação máxima de R$ 6,0711 (+0,41%) às 10h18, antes do CPI, o dólar à vista atingiu a mínima de 6,0115 (-0,58%) às 11h06, quando o índice já havia sido divulgado.

Com o dólar se reaproximando dos R$ 6,00, alguns agentes aproveitaram a cotação mais baixa para comprar moeda, o que reconduziu a divisa para perto da estabilidade no início da tarde. O CPI, no entanto, continuou influenciando os negócios e o dólar voltou a ceder antes do fechamento.

No exterior, às 17h13, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,11%, a 109,080.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$ 4,610 bilhões em janeiro até o dia 10, com saídas líquidas de US$ 3,362 bilhões pela via financeira e saldo negativo de US$ 1,247 bilhão pela via comercial.

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