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Até 2030, 170 milhões de novas funções serão criadas e 92 milhões serão eliminadas, resultando em um aumento líquido de 78 milhões de empregos.
É o que mostra o novo estudo do Fórum Econômico Mundial, que destaca os empregos que estarão em alta e os que perderão espaço no futuro do trabalho, além das habilidades mais demandadas no mercado nos próximos cinco anos.
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Profissões de linha de frente e setores essenciais, como cuidados, educação e construção, devem ter o maior crescimento de vagas até 2030. Já os avanços em IA, robótica e energia renovável provocam um aumento na demanda de funções de especialistas, enquanto continuam tornando dispensáveis funções como caixas, assistentes administrativos e até designers gráficos.
Profissões que mais crescerão até 2030:
1. Trabalhadores rurais, trabalhadores braçais e outros trabalhadores agrícolas;
2. Motoristas de caminhão ou de serviços de entrega;
3. Desenvolvedores de software e aplicativos;
4. Carpinteiros, azulejistas e profissões semelhantes;
5. Vendedores de loja;
6. Trabalhadores de processamento de alimentos e profissões relacionadas;
7. Motoristas de carro, van e motocicleta;
8. Profissionais de enfermagem;
9. Trabalhadores que servem comidas e bebidas;
10. Gerentes gerais de operações;
11. Profissionais de assistência social e aconselhamento;
12. Gestores de projetos;
13. Professores de universidade e educação superior;
14. Professores de segundo grau;
15. Setores de cuidados pessoais.
Profissões que perderão espaço até 2030:
1. Caixas e bilheteiros;
2. Assistentes administrativos e secretárias executivas;
3. Zeladores, faxineiras e governantas;
4. Assistentes de controle de materiais e estoquistas;
5. Trabalhadores de impressão e profissões relacionadas;
6. Assistentes de contabilidade, escrituração e folha de pagamento;
7. Contadores e auditores;
8. Atendentes de transporte e condutores;
9. Guardas de segurança;
10. Caixas e auxiliares bancários;
11. Auxiliares de entrada de dados;
12. Trabalhadores de atendimento e informações ao cliente;
13. Designers gráficos;
14. Gerentes de serviços empresariais e administração;
15. Reguladores, examinadores e investigadores de sinistros.
Futuro do trabalho e as habilidades em transformação
O mercado de trabalho passa por uma velocidade de transformações sem precedentes, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças demográficas, tensões geoeconômicas e pressões econômicas. “Tendências como IA generativa estão revolucionando setores, criando oportunidades sem precedentes e riscos profundos”, diz Till Leopold, diretor de trabalho, salários e criação de empregos do Fórum Econômico Mundial.
Com base em dados de mais de mil empresas, o relatório aponta que a lacuna de habilidades gerada por essas mudanças aceleradas já é o principal desafio para mais de 60% das companhias. Segundo o levantamento, cerca de 40% das competências exigidas no mercado hoje devem mudar nos próximos anos.
Se a força de trabalho global fosse um grupo de 100 pessoas, 59 precisariam de requalificação ou aprimoramento das habilidades até 2030. No entanto, o Fórum Econômico Mundial prevê que 11 delas provavelmente não receberão essa formação, o que equivale a mais de 120 milhões de profissionais em risco no médio prazo.
Acompanhando essas transformações, habilidades tecnológicas em IA, big data e cibersegurança serão cada vez mais demandadas. Mas o profissional do futuro é aquele que combina as hard skills com as soft skills, habilidades humanas como criatividade, resiliência, flexibilidade, agilidade.
10 habilidades com maior índice de crescimento até 2030:
1. IA (Inteligência Artificial) e Big Data;
2. Redes e cibersegurança;
3. Alfabetização tecnológica;
4. Criatividade;
5. Resiliência, flexibilidade e agilidade;
6. Curiosidade e aprendizado ao longo da vida;
7. Liderança e influência social;
8. Gestão de talentos;
9. Pensamento analítico;
10. Gestão ambiental.
A IA vai roubar o seu trabalho?
A lacuna de habilidades vai fazer com que quase 80% dos empregadores desenvolvam seus colaboradores com as competências do futuro. Cerca de 50% também devem transferir funcionários de áreas em risco de substituição para outros setores. No entanto, 41% também planejam reduzir a força de trabalho, já que a IA está automatizando tarefas.
O relatório destaca a importância da colaboração entre líderes empresariais, formuladores de políticas públicas e trabalhadores para preparar a força de trabalho e minimizar os riscos de desemprego em diferentes setores e regiões. “Chegou a hora de empresas e governos se unirem, investirem em qualificação e criarem uma força de trabalho global equitativa e resiliente”, afirma Leopold, do Fórum Econômico Mundial.
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