A safra de soja do Rio Grande do Sul já contabiliza quebra de 24% e agora está projetada em 15,52 milhões de toneladas, estimou hoje (5) a FecoAgro/RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado), com base em dados da rede técnica RTC, que também vê perda de até 60% para o milho de sequeiro gaúcho.
Segundo a federação, as perdas na produção da oleaginosa em função da estiagem estão previstas mesmo com a semeadura em andamento, que está em torno de 93% das áreas.
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Para o milho, a expectativa é que o cereal de sequeiro tenha prejuízos de 59,2% até o momento, enquanto no milho irrigado a quebra é estimada em 13,5%.
A safra total de milho do Rio Grande do Sul estava estimada em 4,38 milhões de toneladas, segundo dados levantados antes das perdas pelo IBGE, ponto de partida para o levantamento da FecoAgro.
Segundo o presidente da FecoAgro, Paulo Pires, a chuva desta semana amenizou a situação das lavouras, mas há prejuízos irreversíveis para os produtores.
“Este era o momento em que o produtor deveria se capitalizar, inclusive com preços que estão ajudando, mas os custos de produção já serão muito altos e iniciamos de forma melancólica o 2022”, disse em nota.
Ele afirmou que já existe uma mobilização das entidades para acesso a ações de auxílio dos governos federal e estadual. Para tanto, Pires ressaltou que é necessário que os municípios decretem estado de emergência.
“Em 2020 produtores de 200 municípios não conseguiram acessar o socorro do governo federal porque não tinham o decreto de emergência. É importante que os prefeitos agora se dediquem a isto”, lembrou.
Entre as medidas solicitadas pela federação, estão a transferência de dívidas financeiras dos produtores, principalmente as que vencem no primeiro semestre deste ano, e uma política clara de armazenagem de água.
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