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Traçar um novo caminho é uma tarefa desafiadora. Ser pioneiro ou pioneira significa encarar obstáculos mais altos, maiores desafios e resistências mais fortes. Quando uma pessoa enfrenta tudo isso e entra para a história, sua trajetória precisa ser contada e recontada.
O documentário “Spacewoman” faz isso ao levar às telonas a história de Eileen Collins, a primeira mulher a pilotar e comandar um ônibus espacial da NASA.
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Dirigido por Hannah Berryman e produzido por Natasha Dack Ojumu e Keith Haviland, o filme é baseado no livro de memórias de Collins, “Through the Glass Ceiling to the Stars” (que pode ser traduzido como “Do Teto de Vidro às Estrelas”), coescrito com o historiador espacial Jonathan Ward. O documentário, que será lançado em 2025, oferece um olhar íntimo e autêntico sobre o que é necessário – inclusive todos os sacrifícios exigidos – para se tornar uma pioneira.
A trajetória de Eileen Collins, primeira mulher a pilotar uma nave espacial da NASA
Collins cresceu na cidade de Elmira, no estado de Nova York, em uma família que enfrentava dificuldades financeiras. Desde jovem, ela sonhava em voar como uma forma de escapar da sua realidade. Trabalhou incansavelmente para economizar dinheiro para aulas de pilotagem e assumiu qualquer emprego disponível enquanto ainda era estudante. Entre os trabalhos, atuou como zeladora da sua escola e vendedora em uma loja de utensílios domésticos. Aos 19 anos, finalmente conseguiu pagar pelas suas primeiras aulas de voo, o que definiu seu caminho.
Força Aérea dos EUA para mulheres
Quando a Força Aérea dos EUA começou a admitir mulheres como pilotos, Collins estava entre as primeiras que conseguiram aproveitar essa oportunidade. Apesar de enfrentar discriminação, visível e velada, em um ambiente predominantemente masculino, ela continuou avançando.
Convite da NASA
Sua jornada alcançou um novo patamar quando foi selecionada pela NASA como a primeira mulher piloto de ônibus espacial. Mas ela não parou por aí. Após duas missões bem-sucedidas, Collins também se tornou a primeira a comandar um ônibus espacial da NASA. E assim serviu e serve de inspiração para gerações de meninas e mulheres seguirem carreiras em STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática).
Vida além da cabine de comando
O documentário mostra a vida de Collins para além das missões espaciais, com vídeos caseiros que retratam a rotina de uma mulher dividida entre as demandas da sua profissão e a criação dos filhos. Em uma cena, ela explica para sua filha pequena que iria ao espaço novamente, mesmo depois do acidente do ônibus espacial Columbia, em 2003.
Liderança sob pressão
A última missão de Collins ocorreu após essa tragédia e foi marcada por um grave problema técnico. Sua liderança calma e precisa garantiu o sucesso da missão, reforçando seu legado como comandante.
“Spacewoman” não apenas celebra as conquistas de Eileen Collins, mas também destaca os desafios emocionais e físicos enfrentados por aqueles que têm a coragem de desbravar novos caminhos.
Depois de literalmente chegar ao espaço, sua história de resiliência nos inspira a sonhar alto e a nunca desistir, por mais inalcançáveis que os objetivos possam parecer.
*Ruth Gotian é colaboradora da Forbes US. Ela é especialista em mentoria e desenvolvimento de liderança e compartilha insights sobre sucesso com base em sua pesquisa com ganhadores do Prêmio Nobel, astronautas e atletas olímpicos.
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