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O executivo Flavio Pripas, ex-Cubo Itaú e Redpoint Eventures e o neurocientista Miguel Nicolelis se uniram na criação de um fundo de US$200 milhões, o equivalente a R$1,1 bilhão, para investimento em projetos de neurotecnologia.

A NeuroCapital, como foi batizada a empresa gestora do NeuroCapital Fund, também terá Alan Rudolph, ex-executivo da DARPA (agência de pesquisa avançada do governo americano). Ele se junta ao time para expandir as operações do fundo e apoiar startups e empresas do segmento a alcançarem escalabilidade global.

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“O NeuroCapital Fund é a ponte entre a ciência e o mercado,” afirma Pripas. “Para os investidores, isso significa não apenas apoiar um setor de impacto profundo e necessário, mas também estar em uma posição privilegiada para obter retornos financeiros com uma estratégia que prioriza sustentabilidade e escalabilidade.”

De acordo com Nicolelis, “estamos vivendo um momento em que os avanços em neurotecnologia finalmente alcançaram um estágio capaz de transformar realidades. Estamos aqui para ser o catalisador dessa mudança.”

Segundo o último estudo da The Lancet, 43% da população global, ou 3,4 bilhões de pessoas, vivem com algum tipo de condição neurológica. Esse dado é impulsionado pelo envelhecimento da população e pelas limitações dos tratamentos atuais, evidenciando uma crescente demanda por novas soluções no campo da neurociência.

Os executivos também se baseiam no dado de que o mercado global de neurotecnologia — que inclui diagnósticos, terapias e aprimoramento cognitivo — deve alcançar US$680 bilhões nos próximos anos, com um mercado endereçável de US$98,6 bilhões, dos quais uma parte significativa já está pronta para adoção imediata.

“A indústria de neurotecnologia está vivendo um momento transformador, no qual décadas de pesquisa de ponta começam a se materializar em produtos e soluções acessíveis que impactam positivamente a vida das pessoas. Esse é um marco significativo, mas também traz desafios únicos para atrair investimentos. Embora o tema da neurotecnologia seja fascinante e promissor, conectar os avanços científicos a modelos de negócios sustentáveis e escaláveis é uma tarefa complexa. Muitas dessas soluções, por serem derivadas de pesquisa científica avançada, ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento comercial”, destaca Pripas.

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