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Para as mulheres, decidir para onde ir – seja para viajar ou morar – pode ser uma questão ainda mais relevante do que para os homens. Elas precisam considerar se terão os mesmos direitos e proteções, se estarão seguras sozinhas, se são igualmente representadas nas escolas e no mercado de trabalho, qual é a diferença salarial entre gêneros e como a saúde feminina é tratada localmente.
Nenhum país obtém uma pontuação impecável em todos esses fatores, mas muitos superam o Brasil e outros grandes países, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido em várias dessas áreas.
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Os que se destacam em relação aos direitos das mulheres também têm bons resultados em democracia, paz e prosperidade. Pesquisadores concordam que a correlação entre igualdade de gênero e saúde de um país é ainda mais forte do que a ligação entre PIB e saúde.
Igualdade de gênero no Brasil
Hoje, o Brasil ocupa a 70ª posição no Índice Global de Disparidade de Gênero, do Fórum Econômico Mundial. O país fechou 71,6% da lacuna de gênero no relatório de 2024.
No país, a igualdade econômica teve uma leve redução em relação a 2023, ficando em 66,7% contra 67,0%. No entanto, o país manteve a paridade em relação ao mercado de trabalho e alcançou sua maior pontuação em cargos de liderança sênior (66,1%). A participação feminina na força de trabalho é de 72,6%.
Em nível educacional, o Brasil alcançou a paridade efetiva em 99,6%. Já em relação à política, o país acompanha a média global, com uma pontuação de 22%, abaixo dos 26,3% registrados em 2023. Essa queda se deve principalmente à menor representação feminina no nível ministerial.
Confira, a seguir, os 12 melhores países para mulheres viverem ou visitarem.
Os Melhores Países Para as Mulheres
Metodologia
Para elaborar o ranking, diversos relatórios foram consultados. Um deles é o Relatório Global de Diferença de Gênero anual do Fórum Econômico Mundial, que classifica 146 países em diversos indicadores que comparam o tratamento de homens e mulheres.
Nenhum país atingiu a paridade total de gênero, e, segundo o estudo, isso ainda levará mais de um século para acontecer. No entanto, a pesquisa é um bom indicador dos direitos das mulheres e dos avanços ainda necessários.
Outro relatório importante para o ranking, o Índice de Paz e Segurança para as Mulheres de 2024, da Universidade de Georgetown, nos EUA, classifica 177 países quanto à inclusão, justiça e segurança para as mulheres.
Alguns dos principais indicadores considerados nesses estudos incluem educação, emprego, inclusão financeira, uso de celular, representação parlamentar, ausência de discriminação legal, acesso à justiça, mortalidade materna, violência doméstica e segurança comunitária.
Em todos esses países, o aborto é um direito protegido, geralmente até 12 semanas (variando de 10 a 24), muitas vezes coberto pelo sistema público de saúde. Após a revogação da lei que permitia o aborto nos EUA, decorrente do caso Roe vs. Wade, muitos países europeus reafirmaram seu compromisso com os direitos reprodutivos.
A lista também incluiu a posição de cada país no índice de felicidade (classificação anual da World Population Review) e no Índice Global de Paz, uma medida de paz e criminalidade entre 163 países, além de taxas de saúde, sobrevivência materna e direitos parentais classificadas pela Organização Mundial da Saúde entre 185 países.
*Kathleen Peddicord é colaboradora da Forbes EUA. Ela escreve sobre mudança, vida e investimento no exterior.
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