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Saindo do sigilo, a startup de cibersegurança Twine anunciou hoje um financiamento inicial de US$ 12 milhões (R$ 67,2 milhões), co-liderado pela Ten Eleven Ventures e pela Dell Technologies Capital, com participação de investidores-anjo, incluindo os fundadores da Wiz. A Twine pretende enfrentar a grave escassez de talentos em cibersegurança desenvolvendo agentes de IA, ou “funcionários digitais”, para complementar as equipes de segurança das empresas. Alex, o primeiro funcionário digital da Twine, é especialista em gerenciamento de identidade e acesso (IAM, na sigla em inglês).
Alex é implantado como uma plataforma SaaS, conectando-se a diferentes sistemas no ambiente do cliente. “O usuário interage com a interface do Alex para fazer perguntas ou atribuir tarefas”, explica Benny Porat, cofundador e CEO da Twine. “Para qualquer tarefa atribuída, Alex cria um plano, busca aprovação, oferece total transparência e executa o plano do início ao fim.”
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Em um relatório publicado há alguns meses, o Fórum Econômico Mundial alertou que “a indústria de cibersegurança enfrenta uma escassez global crítica de quase 4 milhões de profissionais.” Isso ocorre em um momento em que a rápida adoção da computação em nuvem, do trabalho remoto e de novas soluções de IA aumentou significativamente o número de ataques cibernéticos.
O terceiro trimestre de 2024 registrou um aumento de 75% nos ataques cibernéticos em comparação com o mesmo período de 2023 e um crescimento de 15% em relação ao trimestre anterior. Contudo, segundo dados recentes do CyberSeek, a fonte mais abrangente de informações sobre a força de trabalho em cibersegurança nos Estados Unidos, há trabalhadores suficientes para preencher apenas 85% das vagas de emprego no setor.
A Twine é a primeira empresa a desenvolver e comercializar funcionários digitais para cibersegurança. Um dos primeiros exemplos de funcionário digital foi Amelia, desenvolvida pela IPsoft há dez anos. Com as tecnologias de IA generativa e os modelos de linguagem atuais, os agentes de IA possuem habilidades que vão além de tarefas básicas, atuando como funcionários digitais em diversos departamentos. A 11x.ai, por exemplo, se concentra na automação de operações de vendas e marketing, enquanto a Alchemyst AI atua no desenvolvimento de vendas.
“O principal modelo de linguagem que usamos atualmente é o GPT-4 da OpenAI e, como profissionais experientes em cibersegurança, todos os nossos produtos são projetados com segurança em mente em toda a arquitetura, incluindo os modelos de IA e os dados associados a eles”, afirma Porat. “A Twine utiliza uma estrutura de separação de funções, mantendo a tomada de decisão dos agentes separada dos dados e funções determinísticas.”
Segundo Porat, Alex se torna operacional em minutos. No entanto, como um novo funcionário, durante a fase inicial de integração à organização, Alex lida principalmente com tarefas básicas. “Assim como qualquer funcionário humano, quanto mais acesso e confiança são concedidos, mais Alex pode realizar na organização”, afirma Porat. Alex — e as futuras versões de funcionários digitais da Twine — aprende não apenas sobre o ambiente corporativo específico em que é implantado, mas também se atualiza continuamente com novos conhecimentos e práticas recomendadas relacionadas à sua área específica de cibersegurança.
A Twine foi fundada no início deste ano por Benny Porat, Omri Green, Justin Woody e Nadav Erez, todos ex-altos gestores da Claroty, uma “unicórnio” da cibersegurança cofundada por Porat em 2015. Em setembro, o Calcalist reportou que a Claroty está se reunindo com subscritores para um possível IPO em 2025, com uma avaliação de US$ 3,5 bilhões (R$ 19,6 bilhões). Será interessante observar como a equipe que, na Claroty, avançou com sucesso na defesa cibernética de infraestruturas industriais, trabalha agora em seu novo projeto de agentes de IA para cibersegurança.
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