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A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou suas projeções para a economia brasileira, com destaque para a inflação, que deve se manter em níveis mais altos. No boletim divulgado nesta segunda-feira, a SPE ajustou a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 de 4,25% para 4,40%, enquanto a estimativa para 2025 subiu de 3,4% para 3,6%.
Ambos os valores estão acima do centro da meta de inflação do Banco Central, de 3%, com a projeção para 2024 se aproximando do teto de 4,5%.
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O aumento da inflação reflete pressões como a “aceleração significativa” nos preços de carnes, leite e derivados, café e tarifas de energia elétrica, que levaram o IPCA a acumular alta de 4,76% nos 12 meses até outubro.
Apesar disso, a secretaria espera que a inflação em 12 meses volte a desacelerar a partir de novembro, considerando fatores como a possível adoção da bandeira verde para as tarifas de energia elétrica em dezembro, embora eventos climáticos possam afetar esse cenário.
PIB mais forte
Além das projeções inflacionárias, a SPE elevou levemente a estimativa de crescimento econômico do Brasil para 2024, de 3,2% para 3,3%.
A revisão foi impulsionada por uma melhora na expectativa para o desempenho do terceiro trimestre, com a projeção de expansão passando de 0,6% para 0,7%, o que aumentou o chamado carregamento estatístico para o ano.
Para 2025, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 2,5%, mesmo com a perspectiva de alta na taxa básica de juros, compensada por expectativas mais favoráveis para a safra de grãos e a produção extrativa.
O boletim também destacou a revisão para o PIB do setor agropecuário no terceiro trimestre, de uma contração de 0,5% para um crescimento de 0,2%. Ainda assim, a projeção anual para o setor indica uma queda de 1,7%, ligeiramente melhor do que a retração de 1,9% esperada em setembro. Os setores industrial e de serviços mantiveram suas previsões de crescimento para o terceiro trimestre em 1,2% e 0,7%, respectivamente.
As projeções econômicas da SPE são essenciais para a programação de receitas e despesas orçamentárias do governo, que segue acompanhando de perto o impacto da política monetária, com a taxa Selic elevada para 11,25% ao ano em outubro e a expectativa de novas altas nos próximos meses.
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