Desemprego Desacelera no 3º Tri e Brasil Tem a Menor Taxa desde o Fim de 2013

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A taxa de desemprego no Brasil encerrou o terceiro trimestre no menor nível desde 2013, sinalizando que o mercado de trabalho permanece aquecido.

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No trimestre encerrado em setembro, o desemprego ficou em 6,4%, abaixo dos 6,9% do segundo trimestre e dos 7,7% registrados no mesmo período de 2022. Divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (31), o índice também superou a expectativa de 6,5% apontada por pesquisa da Reuters.

Este foi o segundo menor nível da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, acima apenas dos 6,3% de dezembro de 2013.

Amanda Perobelli/Reuters

A taxa de desemprego desacelerou

“Estamos consolidando uma queda constante e contínua do desemprego, e este trimestre aponta um cenário positivo”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.

Analistas esperam que a taxa de desemprego no Brasil se mantenha baixa por algum tempo, o que tende a estimular a atividade econômica. No entanto, o cenário pressiona preços, especialmente no setor de serviços, dificultando o controle da inflação. 

Em resposta, o Banco Central tem monitorado a situação e deve considerar os novos dados na próxima reunião de política monetária, que definirá a taxa básica de juros, atualmente em 10,75%.

Mercado aquecido

No trimestre, o número de desempregados caiu para 7 milhões, uma redução de 7,2% em relação ao segundo trimestre e de 15,8% em comparação com o ano anterior, marcando o menor número de desocupados desde janeiro de 2015. Segundo Beringuy, “a queda da desocupação reflete a expansão do contingente de trabalhadores demandados por diversas atividades econômicas.”

O total de ocupados atingiu 103 milhões, novo recorde, com alta de 1,2% frente ao trimestre anterior e 3,2% em relação a 2022. Indústria e Comércio lideraram a ocupação, com aumentos de 3,2% e 1,5%, respectivamente, absorvendo 709 mil trabalhadores no trimestre. A ocupação no Comércio também foi recorde, com 19,6 milhões de pessoas.

Empregados com carteira assinada no setor privado cresceram 1,5% no trimestre, enquanto os sem carteira aumentaram 3,9%, ambos atingindo novos recordes. No setor público, o número de ocupados também chegou a um recorde, com 12,8 milhões de trabalhadores.

“A maioria dos setores manteve ou aumentou o número de ocupados no trimestre. A indústria aumentou o emprego com carteira assinada, enquanto no comércio o crescimento foi maior entre os trabalhadores sem carteira”, explicou Beringuy.

A renda média real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.227, uma queda de 0,4% frente ao segundo trimestre, mas 3,7% acima do registrado em 2023.

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Na véspera, o Caged apontou a criação de 247.818 vagas formais em setembro, acima da previsão de economistas na pesquisa da Reuters.

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