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No Brasil, as mulheres ocupam 37% dos cargos de liderança sênior das empresas, de acordo com a 20ª edição do estudo Women in Business: Pathways to Parity (Mulheres no Mundo Corporativo: Caminhos para a Paridade). Nos Estados Unidos, atualmente elas estão em 29% dos cargos executivos, em comparação com 17% em 2015, segundo o 10º relatório anual Women in the Workplace, publicado no início deste mês pela McKinsey e Lean In. No cenário global, os números são ligeiramente menores, mas também apresentam um crescimento constante: as mulheres ocupam hoje 25% dos cargos de alta gerência, um aumento em relação aos 23% em 2021, conforme uma análise da S&P Global Sustainable1.

Apesar do aumento na representatividade feminina em cargos de liderança, ainda existem lacunas consideráveis em termos de paridade de gênero. Um exemplo disso é que, embora as mulheres superem os homens quando se trata do ensino superior no Brasil – entre os estudantes que estão no último ano da faculdade, 60,3% são mulheres –, elas ocupam apenas 39,3% dos cargos gerenciais no país e recebem 78,8% dos rendimentos pagos para os homens, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Ainda assim, empresas ao redor do mundo estão empenhadas em acelerar o progresso das mulheres em seus ambientes de trabalho – e as organizações que lideram essa transformação fazem parte da lista da Forbes das Melhores Empresas do Mundo para Mulheres 2024.

A lista reúne 400 empresas do mundo todo que se destacam por práticas de gestão e iniciativas voltadas especificamente para questões de gênero.

A Natura &Co é, mais uma vez, a única empresa brasileira no ranking, e aparece na 39ª posição. No ano passado, a companhia ocupava o 55º lugar.

As 10 melhores empresas do mundo para mulheres

Veja aqui a lista completa.

Metodologia

Para definir essa lista, a Forbes fez uma parceria com a empresa de pesquisa de mercado Statista para entrevistar aproximadamente 100 mil mulheres que trabalham em multinacionais em 37 países. Para serem consideradas, cada companhia precisava atuar em pelo menos duas das seis regiões continentais do mundo. As pesquisas foram coletadas de forma anônima por meio de painéis online, permitindo que as participantes respondessem livremente.

As participantes foram questionadas, entre outras coisas, se recomendariam seus empregadores a amigos ou familiares, e avaliaram a organização tanto em práticas gerais de trabalho quanto em questões específicas de gênero, como equidade salarial, respostas da administração a preocupações de discriminação contra mulheres, e se homens e mulheres têm as mesmas oportunidades de progressão na empresa. Também foram convidadas a avaliar outras empresas do setor. Todas essas respostas foram combinadas para formar o “índice de marca empregadora”.

Em uma categoria separada, o “índice de opinião pública” foi baseado na percepção das mulheres sobre as empresas em relação ao gênero. Para medir esse aspecto, as mulheres foram questionadas sobre questões como: se a empresa combate estereótipos de gênero por meio de seus produtos, campanhas de marketing ou iniciativas; se os líderes da empresa usam suas plataformas para promover a igualdade de gênero; e se a organização esteve envolvida em escândalos relacionados ao gênero. Por fim, as empresas elegíveis foram avaliadas para determinar a porcentagem de mulheres em cargos de liderança, resultando no “índice de liderança”.

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Todas essas informações foram agregadas e combinadas com os dados de pesquisa coletados nos últimos três anos, com maior peso para os dados mais recentes. O índice de marca empregadora representou 50% da pontuação de cada empresa; o índice de opinião pública representou 30%; e o índice de liderança, 15%. Por fim, as 400 empresas com as maiores pontuações totais compuseram nosso ranking das Melhores Empresas do Mundo para Mulheres 2024.

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