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Cientistas acabam de concluir uma busca detalhada por sinais de tecnologia alienígena no sistema estelar TRAPPIST-1, conhecido como “sistema solar 2.0”, localizado a apenas 41 anos-luz de distância na Via Láctea.
Com sete planetas orbitando uma estrela anã vermelha, o TRAPPIST-1 é o local mais semelhante ao nosso sistema solar já descoberto. No entanto, nenhuma evidência de vida foi encontrada.
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Caça por Tecnoassinaturas
Para a missão, os pesquisadores utilizaram o recém-atualizado Allen Telescope Array, um conjunto de 42 antenas localizado na Floresta Nacional de Lassen, na Califórnia. O objetivo principal desse radiotelescópio é buscar sinais de rádio que possam indicar vida extraterrestre.
A pesquisa foca especificamente em tecnoassinaturas — evidências científicas de tecnologia, passada ou presente, que sugerem a existência de vida em outros sistemas estelares. Detectar tecnoassinaturas é considerado mais fácil do que identificar bioassinaturas, que seriam sinais de vida microbiana no universo.
Explorando o TRAPPIST-1
A equipe passou 28 horas escaneando o TRAPPIST-1, a mais longa busca contínua por sinais de rádio nesse sistema. Os resultados foram divulgados como pré-print e aguardam publicação oficial no Astronomical Journal.
O TRAPPIST-1 possui uma estrela anã vermelha localizada a 41 anos-luz, na constelação de Aquário. Em 2015, foi descoberto que três planetas do tamanho da Terra orbitam a estrela — com mais quatro identificados em 2017. Alguns desses planetas rochosos estão na zona habitável do sistema, onde as condições são propícias para a existência de água líquida.
A possibilidade da presença de água, um elemento essencial para a vida como a conhecemos, torna o TRAPPIST-1 um alvo prioritário na busca por vida fora da Terra.
Refinando a Busca por Vida
Embora a busca por tecnoassinaturas no TRAPPIST-1 não tenha encontrado sinais de vida, a pesquisa estabeleceu uma nova metodologia para futuras investigações. “Esta pesquisa mostra que estamos nos aproximando de detectar sinais de rádio semelhantes aos que enviamos para o espaço”, disse Nick Tusay, bolsista de pesquisa e estudante de pós-graduação na Universidade Estadual da Pensilvânia. A instituição liderou o projeto inovador em parceria com o SETI Institute.
Os pesquisadores analisaram ocultações entre planetas — quando um planeta passa em frente ao outro — para buscar sinais de rádio que poderiam estar escapando do sistema TRAPPIST-1. Após filtrar os dados, identificaram 2.264 sinais de banda estreita, mas nenhum deles foi considerado de origem não-humana.
Olhos Voltados para o Céu
Por enquanto, os cientistas podem apenas buscar sinais de rádio semelhantes aos que nós mesmos enviamos ao cosmos. No entanto, em breve, telescópios maiores e mais eficientes estarão disponíveis. “A maioria das buscas assume alguma intenção, como sinais de balizas, porque nossos receptores têm um limite de sensibilidade que exige uma potência mínima de transmissão, maior do que os sinais que enviamos acidentalmente”, explicou Tusay. “Mas, com equipamentos mais avançados, como o Square Kilometer Array (SKA), em breve poderemos detectar sinais de civilizações alienígenas se comunicando com suas espaçonaves.”
O SKA é um projeto de US$ 2,2 bilhões que inclui duas grandes redes de radiotelescópios: 197 antenas na região de Karoo, na província do Cabo Setentrional, na África do Sul, e 131.072 antenas em Murchison, no interior remoto da Austrália Ocidental. Juntas, essas redes formarão uma área de coleta total de um quilômetro quadrado, espalhada por dois continentes, permitindo a detecção de sinais de rádio extremamente fracos.
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