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A alemã Bayer, cuja biotecnologia de soja está presente na maior parte dos cultivos do Brasil, avalia que a adoção de seu produto mais novo para a cultura no país, a Intacta2 Xtend, pode dobrar na temporada 2024/25 em relação ao ciclo anterior.
A companhia, que tem no Brasil o seu segundo maior mercado após os Estados Unidos, também projeta cerca de dez lançamentos “blockbusters” globais na próxima década, que poderiam favorecer agricultores brasileiros, disseram executivos da Bayer à Reuters, nesta semana.
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Mercado prioritário para a Bayer, o Brasil, maior produtor e exportador de soja e também um dos maiores em milho, poderá se beneficiar de uma nova oleaginosa transgênica e de um inédito cereal de baixa estatura geneticamente modificado, que poderia chegar ao mercado em 2028, afirmou o líder global de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão agrícola da companhia, Bob Reiter.
Enquanto trabalha nos novos produtos, a Bayer avalia que a sua terceira geração de biotecnologia de soja, a Intacta2 Xtend, já poderá ocupar cerca de 30% de toda a área plantada no Brasil em 2024/25, disse o líder de assuntos regulatórios da divisão agrícola da companhia para América Latina, Geraldo Berger, ao lado de Reiter, que esteve em visita ao Brasil nesta semana.
Questionado se este número representaria o dobro do semeado na última safra, Berger concordou, mas alertou que questões climáticas podem ainda interferir na decisão dos produtores, que estão começando a plantar a soja da nova temporada. “Sim. Mas como você sabe, estamos com a chuva atrasada. Então o plantio vai atrasar… os fazendeiros podem mudar suas decisões.”
Uma certeza sobre este indicador poderá ser obtida em mais duas ou três semanas, com a eventual consolidação das chuvas nas principais regiões produtoras, acrescentou o executivo.
Em setembro do ano passado, a Bayer estimou à Reuters que a Intacta2 Xtend poderia atingir uma área entre 10% a 15% do total semeado no Brasil, onde cerca de 98% da soja plantada tem algum tipo de transgenia.
A empresa não detalhou os percentuais de plantio de suas outras variedades, que incluem a Intacta RR2 PRO e a chamada RR (RoundupReady), a primeira a ser cultivada no país.
A soja Intacta2 Xtend, que oferece tolerância aos herbicidas dicamba e glifosato e também protege contra o ataque de lagartas, foi lançada comercialmente na safra 2021/22 no país.
Segundo os executivos, o produto foi bem aceito no Brasil por elevar a produtividade média por hectare, e também não teve os percalços vistos após ser lançado antes nos Estados Unidos, onde o uso do dicamba chegou a afetar culturas próximas não tolerantes ao herbicida.
“Aprendemos com as experiências. Quando lançamos o produto aqui no Brasil, fomos muito cuidadosos para garantir que tivéssemos um treinamento muito bom dos agricultores, para o uso correto”, explicou Reiter, lembrando que no Brasil a recomendação foi para uso na pré-emergência da semente.
Isso ajudou a limitar qualquer risco de impacto negativo para os agricultores vizinhos. A nova recomendação nos EUA foi ter um “rótulo” similar ao Brasil, com a mesma indicação. “Aprendemos um pouco com nossa experiência no Brasil e vimos como isso foi positivo… e estamos aplicando isso nos EUA também.”
Milho de baixa estatura
Nos EUA, a Bayer já oferece um milho de baixa estatura não transgênico, com um pé 30% mais baixo do que uma variedade tradicional, que oferece algumas vantagens para manejo e aplicação de pesticidas, além de reduzir o chamado acamamento, quando a planta tomba por alguma adversidade climática.
Essa seria uma novidade para o mercado brasileiro, que poderia já receber também a versão biotecnológica do produto, que pode ser lançado globalmente até 2028, disse Reiter, lembrando que a companhia já tem um processo correndo no órgão de biossegurança brasileiro, a CTNBio, para ter possibilidade de obter posteriormente a aprovação da China, também o maior importador do cereal do Brasil.
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Entre os lançamentos previstos para a próxima década também está a quarta geração de soja geneticamente modificada.
“Está claro, a soja Intacta está expandindo o uso por fazendeiros aqui no Brasil. Mas sempre temos que ficar à frente da pressão de insetos… e também melhorar a amplitude de insetos que podemos tentar controlar com biotecnologia”, disse o líder global da Bayer, adicionando que o futuro produto também oferecerá melhor controle de ervas daninhas.
A nova geração trará “tolerância” a cinco tipos de pesticidas, explicou. “Devido ao risco de resistência dos insetos e resistência de ervas daninhas, ela vai dar aos produtores mais opções na solução desses problemas importantes.”
Do lado dos pesticidas, o executivo disse que a Bayer trará ao mercado dois novos produtos, um inseticida e outro herbicida para grandes culturas.
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O post Adoção da Mais Nova da Soja da Bayer no Brasil Pode Dobrar em 2024/25 apareceu primeiro em Forbes Brasil.