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O mercado global de café passará de uma situação de equilíbrio para um pequeno superávit em 2024/25, mas os atrasos nos embarques, a escassez de contêineres e o impacto das iminentes regras de antidesmatamento da União Europeia farão com que os preços se mantenham em níveis elevados até o final de 2024, segundo o Rabobank.
Os preços do café robusta atingiram o valor mais alto em quase meia década na segunda-feira (16), enquanto o café arábica atingiu o pico de 13 anos com a piora das previsões meteorológicas no Brasil, principal produtor de arábica.
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O Rabobank disse na quarta-feira que esperava que a produção global de café atingisse 174 milhões de sacas na próxima temporada 2024/25, deixando o mercado com um excedente de 1,3 milhão de sacas, graças ao arábica.
O excedente, porém, não impulsionará os preços este ano, segundo o relatório.
“Mantemos uma perspectiva neutra para a maior parte do restante de 2024 devido ao regulamento de desmatamento da UE (EUDR), ao congestionamento dos portos, à escassez de contêineres e à crise do Mar Vermelho”, disse o banco em uma nota.
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A lei da União Europeia, que deverá ser implementada no final do ano, busca reprimir a importação de commodities ligadas ao desmatamento.
A UE “parece estar agindo como um aspirador de pó, absorvendo alguns milhões de sacas extras de café para vencer o prazo de implementação da EUDR no final de dezembro de 2024”, disse o banco.
O Rabobank alertou que o potencial para a próxima safra brasileira estava “por um fio” após as chuvas abaixo da média desde abril, e que as árvores comprometidas precisavam de chuvas consistentes no futuro.
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