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As queimadas no interior paulista atingiram cerca de 10% dos canaviais da Tereos no Brasil, ou 30 mil hectares, o que na safra atual 2024/25 deve ter maior impacto na qualidade da cana medida pelo ATR (Açúcar Total Recuperável), na avaliação de executivos da companhia, nesta segunda-feira.
Em termos de volume de moagem, a segunda produtora de açúcar do Brasil não alterou sua projeção de pouco mais de 21 milhões de toneladas para 2024/25, já que a cana queimada ainda pôde, em geral, ser processada.
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Mas, segundo executivos da Tereos, com um menor ATR, o total destinado para a fabricação de açúcar (“mix”) cairá na safra atual em relação ao previsto.
Para o diretor-presidente da Tereos para o país, Pierre Santoul, os impactos maiores das queimadas podem ser maiores para a próxima safra, dependendo do percentual de cana atingida pelas chamas que conseguirá rebrotar a tempo de ser processada. Mas o executivo destacou que a seca é fator relevante para o ciclo 2025/26.
“Nossa preocupação hoje não é a safra 2024/25, é realmente o ano que vem (2025/26). Mesmo com seca deste ano, a resistência do canavial é excepcional pelo pouco estresse hídrico do ano passado”, afirmou ele.
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Os incêndios afetaram lavouras que respondem por 1,7 milhão de toneladas de cana da companhia, sendo metade em áreas por colher e o restante em canaviais que deveriam rebrotar após a colheita.
A Tereos opera sete unidades industriais produtoras de açúcar no Brasil, todas elas localizadas na região noroeste de São Paulo, o Estado com mais canaviais afetados pelos incêndios.
Em evento com jornalistas para discutir os planos de descarbonização da companhia, o executivo comentou ainda que a Tereos teve um impacto de 100 milhões de reais com as queimadas em canaviais, uma situação que classificou como “preocupante”.
No final de junho, antes do início das queimadas, Santoul havia dito que a empresa esperava terminar a safra 2024/25 com uma moagem de cana-de-açúcar estável, semelhante ao recorde de 21 milhões de toneladas observado no ciclo passado.
De acordo com o executivo, parte das áreas produtivas atingidas terão de receber tratos culturais e outras devem apresentar perda de produtividade.
Pelo menos 231,8 mil hectares de lavouras de cana foram afetada pelos incêndios no interior de São Paulo em agosto, de acordo com levantamento parcial realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e divulgado este mês.
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