Ibovespa renova recorde e supera os 136 mil pontos; dólar sobe 1%

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O Ibovespa renovou máximas históricas no pregão desta terça-feira (20), fechando acima dos 136 mil pontos pela primeira vez. As ações de Braskem (+3,15%) e Weg (+2,55%) figuraram entre os destaques positivos. No entanto, o volume financeiro ficou bem abaixo da média diária do mês.

Ao final da sessão regular, o índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,23%, fechando em 136.087,41 pontos, com um pico durante o dia aos 136.329,79 pontos. Ambas as pontuações representam novos recordes de fechamento e intradia, respectivamente.

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Já o giro financeiro somava apenas R$ 18,85 bilhões antes dos ajustes finais. O montante ficou bem abaixo da média diária de R$ 29,55 bilhões em agosto. Na mínima do dia, o Ibovespa recuou para 135.311,68 pontos, refletindo movimentos de realização de lucros e ajustes, uma vez que já acumula ganhos de 6,7% no mês.

O Ibovespa foi na contramão dos índices de ações norte-americanos. Os investidores globais estão mais cautelosos diante da agenda do restante da semana. Entre os destaques, está a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve, na quarta-feira, e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira.

Para Diego Costa, head de câmbio da B&T Câmbio, o mercado estará especialmente atento às palavras de Powell, em busca de pistas sobre o futuro dos juros nos EUA.

Confira as cotações em Nova York:

S&P: -0,20% // 5.597
Dow Jones: -0,15% // 40.834
Nasdaq: -0,35% // 17.814

Dólar salta

Já o dólar à vista fechou em alta de 1,34%, a R$ 5,4862. Com isso, a moeda norte-americana voltou a se aproximar da faixa de R$ 5,50. No entanto, a câmbio  doméstico acumula queda de 3% em agosto.

No Brasil, o mercado percebeu que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, adotou um tom mais brando ao tratar da política monetária. Em declarações do dia, ele reiterou que a taxa Selic pode subir se necessário, mas destacou que o cenário internacional melhorou.

O presidente do BC também mencionou que, embora os economistas não estejam prevendo alta de juros para 2024, o mercado continua a acreditar nessa possibilidade. Campos Neto ressaltou a importância de “calma” e “cautela” em momentos de volatilidade.

Por fim, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) de curto prazo caíram, com investidores reduzindo as apostas de que o BC elevará a Selic em setembro. Atualmente, a taxa está em 10,50% ao ano. A expectativa de um juro básico menos elevado – o que torna o Brasil um pouco menos atrativo ao capital estrangeiro – também deu força ao dólar frente ao real.

“Os juros futuros caíram na parte mais curta da curva e subiram na porção mais longa. Ou seja, o mercado acredita que, na conjuntura observada hoje, a tendência é de alta no futuro. Isso reflete certo otimismo do mercado com o curto prazo e algum pessimismo com o longo prazo, considerando os desafios fiscais enfrentados pelo governo atual”, diz Felipe Castro, planejador financeiro da Matriz Capital.”

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