O que há de diferente no “ChatGPT” da Meta que não virá ao Brasil?

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Chesnot/Getty Images

“Assim como o Linux, que foi uma referência de código aberto e, com o tempo, tornou-se mais seguro, o Llama 3.1 também se propõe a estar disponível para a comunidade”, escreveu Zuckerberg.

A Meta e Mark Zuckerberg anunciaram, nesta terça-feira, 23, o Llama 3.1. O modelo de inteligência artificial generativa é ambicioso e se propõe a concorrer diretamente com o ChatGPT, da OpenAI. Segundo a dona do Instagram e Facebook, seu sistema tem capacidade para mais de 400 bilhões de parâmetros, quanto mais parâmetros, maior a capacidade de a IA aprender tarefas específicas. A última versão do Llama tinha 80 bilhões de parâmetros e a primeira, 8 bilhões.

Inicialmente, a plataforma estará disponível para uso nos EUA, posteriormente chegará a dezenas de países, inclusive Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru. O Brasil ficou de fora, inicialmente. A ANPD recusou a nova política de privacidade da Meta que utilizava dados de usuários para aprimorar seu sistema de IA. O órgão afirma que a empresa viola a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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“Para esta versão, avaliamos o desempenho em mais de 150 conjuntos de dados de referência que abrangem uma ampla variedade de idiomas. Além disso, realizamos extensas avaliações humanas que comparam o Llama 3.1 com modelos concorrentes em cenários do mundo real. Nossa avaliação experimental sugere que nosso modelo principal é competitivo com os principais modelos de base em uma série de tarefas, incluindo GPT-4, GPT-4o e Claude 3.5 Sonnet. Além disso, nossos modelos menores são competitivos com modelos fechados e abertos que possuem um número semelhante de parâmetros”, explica a empresa.

De acordo com Mark Zuckerberg, o código aberto garantirá que mais pessoas em todo o mundo tenham acesso aos benefícios e oportunidades da IA, que o poder não esteja concentrado nas mãos de poucos e que a tecnologia possa ser implementada de forma mais uniforme e segura em toda a sociedade. “É por isso que continuamos a tomar medidas ao longo do caminho para que a IA de acesso aberto se torne o padrão da indústria.”

Veja o que há de diferente no Llama 3.1:

Open Source

Diferentemente de seus principais concorrentes, a Meta optou por um sistema de código aberto. Na prática, ele é gratuito e pode ser modificado e aprimorado por uma comunidade de desenvolvedores. “Assim como o Linux, que foi uma referência de código aberto e, com o tempo, tornou-se mais seguro, o Llama 3.1 também se propõe a estar disponível para a comunidade”, escreveu Zuckerberg.

Gratuito

Ainda que o ChatGPT e o Gemini, do Google, tenha suas versões gratuitas, eles dependem de pagamento de licenças para um funcionamento mais sofisticado. Já a ferramenta da Meta se propõe a ser gratuita. Esse custo será compensado por meio de receitas indiretas como remuneração vindas de parceiros. “Em 2025, queremos que o Llama seja o mais avançado do ecossistema de IA, exatamente por ser aberto e gratuito”, reforçou Zuckerberg.

Grande e pesado

O maior benefício do Llama 3.1 também é seu principal desafio. Por sua complexidade e potencial de processamento ele não roda em computadores comuns. Aqui entrarão parceiros de cloud como AWS e Google Cloud que hospedarão a plataforma para que os desenvolvedores façam versões customizadas.

Parcerias

Diferentemente de outras plataformas, o Llama 3.1 também possui um numero consideravalmente maior de parceiros. Segundo a Meta, são 25, entre eles  AWS, NVIDIA, Databricks, Groq, Dell, Azure e Google Cloud.

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