Supreme: R$ 3 bilhões a menos e um recomeço nas mãos da EssilorLuxottica

  • Post author:
  • Reading time:4 mins read

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Adquirida há quatro anos por R$ 11,4 bilhões pela dona da Vans, marca de streetwear foi comprada na semana passada pela holding da Ray-Ban por R$ 3 bilhões a menos

 

Aproximadamente US$ 1,5 bilhões, ou o equivalente a R$ 8,25 bilhões. Esse foi o valor que o grupo franco-italiano de luxo, o EssilorLuxottica, dono da Ray-Ban e Oakley, pagou pela Supreme.

Quatro anos atrás, a marca de streetwear havia sido comprada pela VF Corporation, proprietária de Vans, The North Face e Timberland, por US$ 2,1 bilhões, ou R$ 11,55 bilhões.

Ao comunicar o negócio, Francesco Milleri, CEO da EssilorLuxottica, explicou que a aquisição tem como objetivo expandir as áreas de atuação da Supreme e se conectar com novos públicos.

Apesar das análises sobre a perda de valor da marca, especialistas apontam que a diferença no preço está principalmente no movimento da VF Corporation, que vive uma estratégia de desinvestimentos. Por outro lado, a dona da Ray-Ban vem ampliando linhas de negócios e iniciativas voltadas ao público jovem – recentemente fez várias parcerias com lançamentos da Meta de óculos inteligentes.

Leia também

O que representa a Supreme?

Criada em 1994, na cidade de Nova York, como uma marca de streetwear, conectada com a moda urbana e o skate, a Supreme tem quase 20 lojas espalhadas pelo mundo e presença importante na Ásia e Europa. Segundo James Jebbia, fundador da Supreme, o novo negócio  com a EssilorLuxxotica pode ajudar a marca a fortalecer sua essência.

“A Supreme conseguiu se envolver de maneira muito intensa com essa cultura do skate, e do streetwear como um todo, especialmente quando teve o seu boom de mercado, já há alguns anos. E ela parece continuar presente nesse mundo, talvez sem o impacto da novidade no passado, mas ainda de forma consistente”, relembra Marcos Bedendo, consultor de branding e marketing.

Sobre os desafios atuais da Supreme, o mesmo vivido por outros ícones do segmento como Nike, Bedendo destaca que é muito difícil para uma marca de moda se estabilizar como referência. “Muitas delas acabam, por uma série de motivos conectados à aceitação cultural, tendo um boom, mas depois poucas de fato se estabilizam.”

Para o especialista, o maior desafio para a Supreme é se manter relevante. “Para isso, é preciso estar sempre conectado com as pessoas, eventos e locais que estão em evidência. E, assim como as celebridades podem ter vida curta, isso também é verdade para as marcas de moda”, destaca.

Bedendo avalia que o grupo EssilorLuxxotica possui algumas vantagens em relação ao grupo VF. “O primeiro deles é ser mais global, com marcas realmente globais presentes no mundo todo”. Isso porque, a participação do VF ainda é muito concentrada no mercado americano, com marcas tipicamente envolvidas com a cultura americana – como a North Face e Timberland.

Siga o canal da Forbes e de Forbes Money no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

“Com isso, a gestão da marca pode ganhar uma perspectiva mais ampla e global”, conclui.

Escolhas do editor

O post Supreme: R$ 3 bilhões a menos e um recomeço nas mãos da EssilorLuxottica apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Deixe um comentário