Ibovespa abre em leve alta à espera de reunião de Lula com equipe econômica

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O Ibovespa abre o pregão desta quarta-feira (3) em alta, em meio à expectativa pela reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da área econômica, à tarde, para tratar do câmbio e da situação fiscal. No exterior, o dólar também sustenta baixas ante a maior parte das demais divisas.

Por volta das 10h20, o índice subia 1,02%, aos 125.923,91 pontos. Enquanto isso, o dólar à vista caía 0,97%, a R$ 5,613. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,74%, aos R$ 5,6550.

Na véspera, em meio a rumores de que o Banco Central estaria consultando as Tesourarias de bancos sobre eventual intervenção no câmbio, o dólar à vista terminou a sessão em alta de 0,22%, cotado a 5,6665 reais na venda. Este é o maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022, quando terminou em 5,6723 reais. Em 2024, a divisa já acumula elevação de 16,8%.

Em meio à pressão de alta para o dólar, Lula vai se reunir às 16h30 com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, entre outros. Na terça-feira, Lula já havia anunciado este encontro que tratará do câmbio. Segundo ele, o governo fará “alguma coisa”.

Em função da fala de Lula, na véspera o mercado chegou a cogitar a possibilidade de o governo alterar a dinâmica do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em negociações com a moeda norte-americana — algo que já foi feito no passado –, mas Haddad negou a possibilidade.

Enquanto aguarda os desdobramentos da reunião da tarde, o mercado vai acompanhar novos discursos do presidente Lula, às 11h e às 15h, em eventos do Plano Safra. A percepção é de que quanto menos Lula abordar a questão do câmbio ou o trabalho do Banco Central, melhor para as cotações.

Isso porque os ataques constantes de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ao nível da taxa Selic, hoje em 10,50%, têm gerado ainda mais pressão para os mercados de câmbio e juros futuros, dizem analistas.

No cenário doméstico, a indústria brasileira voltou a registrar queda da produção em maio pelo segundo mês seguido, ainda que menos do que o esperado, impactada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e com destaque para os setores automotivo e alimentício.

A produção industrial recuou 0,9% em maio em relação a abril, marcando uma queda de 1,0% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de quedas de 1,7% tanto para a comparação mensal quanto na base anual.

Nos EUA, dados divulgados nesta manhã mostraram que foram abertas 150 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 157 mil em maio, em dado revisado, conforme o relatório da ADP. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 160 mil vagas.

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Já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingiram 238 mil na semana passada, ante estimativa de 235 mil.

(Com Reuters)

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