Um estudo clássico de 1997, publicado no Journal of Marriage and Family, analisou dados de mais de uma década de milhares de casais para identificar as principais causas de divórcio. Eles encontraram seis principais motivos, que são explicados abaixo.
Embora a pesquisa tenha sido realizada há quase 30 anos, os resultados são tão relevantes hoje quanto eram quando foram publicados pela primeira vez.
Veja a seguir 6 sinais da psicologia de que seu casamento pode acabar em divórcio:
1. Traição/Infidelidade
A infidelidade continua sendo um dos principais precursores do divórcio, minando significativamente a confiança e a segurança emocional dentro de um relacionamento. Quando um parceiro quebra o pacto de fidelidade, isso leva a uma dor emocional profunda e a um sentimento de traição. Essa ruptura pode corroer a base do relacionamento, tornando difícil para a parte traída voltar a ter a confiança ou para o relacionamento se recuperar totalmente.
Estudos psicológicos mostram consistentemente que a infidelidade não é apenas um ato físico, mas uma quebra de compromisso emocional e integridade, que são cruciais para manter um vínculo conjugal saudável.
“Consistente com a literatura anterior, a infidelidade foi associada a um aumento especialmente grande nas chances de divórcio”, escrevem os autores do estudo Paul Amato e Stacy Rogers.
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2. Gastar dinheiro de forma irresponsável
Desentendimentos financeiros são uma das principais causas de problemas conjugais, muitas vezes agravados pelos hábitos de gastos irresponsáveis de um dos parceiros. Quando um cônjuge toma decisões financeiras constantemente sem consultar o outro ou desconsidera orçamentos acordados, isso pode levar a ressentimento, estresse e, em última análise, ao rompimento do casamento.
Esse problema vai além da estabilidade financeira: ele reflete questões mais profundas de respeito, comunicação e objetivos mútuos dentro do relacionamento.
Como a “infidelidade financeira” é uma das principais causas de problemas conjugais, pesquisadores criaram uma Escala de Infidelidade Financeira para medir a extensão do problema. Avaliar itens como “Se eu realmente quisesse comprar algo, mas meu parceiro não aprovasse o preço, eu consideraria comprar de qualquer maneira e não contar para ele” ou “Às vezes eu finjo estar economizando dinheiro, quando, na verdade, não estou” em uma escala de concordância pode ajudar os casais a chegar à raiz do problema.
3. Consumo de álcool e/ou drogas
O abuso de substâncias, incluindo o consumo excessivo de álcool ou uso de drogas, pode desgastar severamente um casamento e é frequentemente citado como um precursor do divórcio. Transtornos por uso de substâncias podem alterar o comportamento, prejudicar o julgamento e levar a instabilidade emocional, criando um ambiente inseguro ou imprevisível dentro do relacionamento.
Além disso, o abuso de substâncias muitas vezes está correlacionado com outros problemas, como dificuldades financeiras, negligência de responsabilidades e distanciamento emocional – tudo isso contribui para a insatisfação e conflito conjugal.
4. Ciúme
O ciúme, seja enraizado em experiências passadas ou inseguranças atuais, pode envenenar um relacionamento, fomentando desconfiança e comportamentos controladores. O ciúme excessivo muitas vezes reflete questões subjacentes de baixa autoestima, medo de abandono ou traumas não resolvidos – o que pode levar a pensamentos obsessivos, acusações e tentativas de controlar as ações do parceiro.
Com o tempo, o ciúme pode sufocar a intimidade e corroer a conexão emocional entre os parceiros, tornando a reconciliação desafiadora sem abordar suas causas raízes.
Curiosamente, os pesquisadores descobriram que os maridos, mais do que as esposas, eram mais propensos a citar o ciúme delas como uma tensão significativa no relacionamento. Isso também é consistente com a descoberta de que eles relataram menos problemas conjugais no geral do que elas.
A terapia voltada para aumentar a autoestima, melhorar as habilidades de comunicação e fomentar a confiança pode ajudar os casais a lidar com o ciúme de maneira construtiva e fortalecer os laços do relacionamento.
5. Oscilações de humor
Oscilações de humor crônicas ou volatilidade emocional podem desgastar os relacionamentos conjugais ao criar uma atmosfera imprevisível e tensa em casa. Essas mudanças, sejam causadas por condições de saúde mental ou estresse pontual, podem levar a conflitos frequentes, distanciamento emocional e dificuldade em resolver disputas de forma calma.
Quando as flutuações de humor de um parceiro dominam a dinâmica do relacionamento, isso pode deixar o outro se sentindo emocionalmente negligenciado ou em constante alerta, contribuindo para sentimentos de insatisfação e, em última análise, para a quebra da harmonia conjugal.
6. Hábitos irritantes
Com o tempo, hábitos ou comportamentos aparentemente menores que inicialmente pareciam encantadores ou toleráveis podem se tornar fontes significativas de irritação e tensão em um casamento.
Seja deixar roupas sujas espalhadas, atrasos constantes ou esquecimento persistente, esses hábitos podem desgastar a paciência e a boa vontade entre os parceiros. O que pode começar como uma leve irritação pode escalar para discussões frequentes ou distanciamento emocional se não for abordado.
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A terapia de casais frequentemente se concentra em melhorar as habilidades de comunicação e as estratégias de negociação para lidar com esses problemas de forma construtiva, promovendo compreensão mútua e comprometimento. Abordar hábitos e comportamentos problemáticos cedo pode impedir que eles se tornem fontes enraizadas de conflito que contribuem para a insatisfação conjugal e, potencialmente, para o divórcio.
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