Para se tornar uma voz ativa no combate à fome, a empresária Geyze Diniz idealizou e é cofundadora do Pacto Contra a Fome, movimento suprapartidário e multissetorial nessa missão. Um ano após o lançamento, a economista de 51 anos, se reuniu nesta quarta-feira (26) com as lideranças da FMA (ForbesMulher Agro), grupo de 50 produtoras rurais e lideranças do setor, no hotel Palácio Tangará, em São Paulo, para selar uma parceria que vem sendo costurada nos últimos meses.
“A presença da mulher é fundamental, de todos os setores”, disse. Segundo ela, a ideia da criação do Pacto Contra a Fome começou em junho de 2021 e em maio de 2023 o programa foi lançado com 40 co-fundadores. Vale registrar que o FMA, um movimento coletivo da Forbes Brasil, foi criado em abril de 2023 e lançado durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
A celebração da parceria ocorreu durante o evento Encontros FMA, apresentado pela Chevrolet, patrocinado pelo Bradesco BBI e com os apoios de Prya, Royal Salute e Terrazas.
A meta do Pacto Contra a Fome é erradicar a fome no Brasil até 2030 e melhorar a nutrição de todos os brasileiros até 2040, oferecendo apoio a diversas ações e entidades. Em 2023, o Brasil tinha 8,7 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, ou 4,1% da população.
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No ano anterior, eram 33,1 milhões (15,5%), mas, apesar da queda, o número continua alarmante, tendo em vista que o país é líder na produção de alimentos. “Não basta ter um mapa da fome, é preciso alimentar bem as pessoas, principalmente crianças, pois quanto mais aumenta a curva da desnutrição, mais crescem problemas como a obesidade”, observa Geyse — um quarto dos brasileiros é obeso, segundo o Ministério da Saúde.
Para Antônio Camarotti, CEO da Forbes Brasil, a parceria do ecossistema Forbes, por meio do FMA, e o Pacto Contra a Fome representa um caminho potencial de realizações. “Estamos diante de uma causa de extrema importância, e não vejo uma aproximação melhor do que entre o Pacto e a FMA para ajudar”, declarou ele durante o encontro.
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Resultado de uma articulação realizada por mulheres, a nova parceria reforçará as duas frentes do Pacto, que são reduzir o desperdício e gerar dados sobre questões nutricionais. O país desperdiça 30% dos alimentos no caminho entre a colheita e o prato, passando pelo transporte, distribuição e varejo. Somente em frutas e hortaliças, são 22,9 milhões de toneladas desperdiçadas por ano, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
“Podemos acabar com a fome. É um problema do governo, mas é um problema nosso também”, afirma Geyze. Para ela, ser uma “voz” no combate à fome e à desinformação nutricional pode contribuir de forma efetiva para sanar os desafios vivenciados no país. “É constitucional: todo brasileiro tem direito a uma alimentação digna. E se unirmos o trabalho do setor privado com o público, isso é possível”, diz ela.
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