A Geração Z, formada por pessoas de 13 a 27 anos, já conta com uma parcela de 50 milhões de habitantes no Brasil. Por isso, para Luiz Menezes, fundador da Trope, agência responsável pelo estudo “A relação da geração Z com memes”, não é correto utilizar estigmas para caracterizar um grupo tão amplo. Porém, como o nome da pesquisa sugere, existe um fator comum entre os jovens: o meme.
“Memes podem ser definidos como fragmentos de comunicação que ajudam a traduzir sentimentos”, contextualiza Menezes. E o sucesso dessa figura de linguagem contemporânea deve-se principalmente à ascensão das redes sociais. Segundo o levantamento, 86% da geração Z interage com memes por meio de plataformas. Páginas dedicadas ao assunto acumulam milhões de seguidores no Instagram, a rede preferida dos jovens para esse tipo de interação (98%), e infinitas visualizações no TikTok, a segunda colocada (55%).
Para além da diversão, 80% da GenZ acredita que os memes facilitam a conexão entre pessoas. “Às vezes, essa relação extrapola as telas. Muitos jovens se comunicam por meio de memes ‘na vida real’”, afirma o jovem empreendedor, que destaca que “a pesquisa também mostrou que os memes são uma ponte para as marcas e público, 7 em cada 10 membros da GenZ aprovam campanhas que usam memes”.
No entanto, essa união nem sempre é bem-vista. “Nenhuma publicidade ou campanha de marketing é capaz de superar os problemas de um produto ruim ou que não foi pensado para a geração Z.” Para Luiz, o segredo para melhorar essa situação é o espaço para que os jovens tomem decisões nas empresas.
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“As marcas também precisam atuar de forma transparente, porque a geração Z é uma geração questionadora, que não vai aceitar determinadas imposições e posicionamentos a troco de nada. E isso é algo positivo, é uma forma de tirar as empresas da zona de conforto”, finaliza Menezes.
Os principais desafios das marcas com a geração Z
De acordo com o estudo realizado pelo InstitutoZ, da Trope, em parceria com o Saquinho Mídias Criativas, os principais desafios estão relacionados à falta de adaptabilidade e flexibilidade.
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“Enquanto essa geração cresce e o protagonismo aumenta, as marcas que não se adaptarem vão perder relevância. Por outro lado, na internet, sua empresa é apenas uma no meio de milhares, então, é importante entender: ‘o que estou fazendo para ser diferente?’”, explica Luiz.
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