Pré-mercado: entenda a alta de 10,50% no dólar

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Bom dia. Estamos na terça-feira, 18 de junho.

Cenários

A semana começou com uma alta de 0,73% no dólar, que encerrou a segunda-feira (17) a R$ 5,421. Foi o maior valor desde 4 de janeiro de 2023, início do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

No ano, a perda do real em relação à moeda americana está acumulada em 10,5%. Isso faz a moeda brasileira ser a mais fraca entre a dos países emergentes.

O segundo lugar, muito perto, é do peso argentino, que acumulou uma depreciação de 10,48% em relação ao dólar.

O que vem provocando tanta desvalorização do real é a confluência de três motivos. O primeiro é global: a alta dos juros nos Estados Unidos faz com que os investimentos na moeda americana fiquem mais atrativos. Assim, os investidores ao redor do mundo vendem seus reais, pesos, bolívares e demais moedas para investir no dólar. Isso cria uma pressão de demanda sobre a moeda americana que pressiona as taxas de câmbio.

O segundo motivo é a perspectiva de alta da inflação, provocada pela própria apreciação do dólar. Os preços de muitos produtos e insumos essenciais para a economia brasileira são definidos no mercado internacional. Com a apreciação do câmbio, esses produtos e serviços ficam naturalmente mais caros em reais, mesmo que seus preços internacionais não subam. Isso pressiona a inflação.

O terceiro motivo é a dificuldade do governo de convencer o mercado de que vai manter as contas públicas equilibradas. E essa desconfiança eleva a percepção de riscos por parte dos investidores, estimulando a migração de recursos para outras praças.

Perspectivas

É provável que haja uma recuperação do valor do real nesta terça-feira (18) devido à realização de lucros com o dólar. No entanto, o cenário de base permanece inalterado, com a moeda americana pressionada para cima.

Indicadores

Brasil

Sem indicadores relevantes

Estados Unidos

Vendas no varejo (Mai)
Esperado: 0,3%
Anterior: 0,0%

Núcleo de vendas no varejo (Mai)
Esperado: 0,2%
Anterior: 0,2%

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