As expectativas dos consumidores brasileiros para os próximos meses registraram piora em maio devido às inundações no Rio Grande do Sul e a confiança caiu para o nível mais baixo em um ano, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta sexta-feira (24).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve em maio queda de 4,0 pontos, para 89,2 pontos, após duas altas consecutivas. Foi o resultado mais fraco desde abril do ano passado (87,5 pontos).
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“O resultado mais que devolve as altas dos últimos dois meses… A forte queda nas expectativas foi, principalmente, influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul, com impactos nas condições de vida dos cidadãos e incertezas em relação à economia local”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Em maio, o Índice de Expectativas (IE) recuou em 6,7 pontos, para 95,5 pontos, menor nível desde dezembro de 2022 (94,6 pontos). Já o Índice da Situação Atual (ISA) ficou estável em 80,6 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o que mede o ímpeto de compras de bens duráveis deu a maior contribuição para a queda da confiança no mês ao recuar 8,3 pontos, para 78,8 pontos, atingindo o menor nível desde outubro de 2022 (78,1 pontos).
Também foi observada queda nos indicadores que medem as perspectivas para as finanças futuras das famílias e para a situação futura da economia, que caíram 6,1 e 4,7 pontos, para 100,1 e 108,3 pontos, respectivamente, de acordo com a FGV.
As enchentes que têm devastado o Rio Grande do Sul nas últimas semanas deixaram pelo menos 163 mortos e ainda há cerca de 64 pessoas desaparecidas, de acordo com dados da Defesa Civil gaúcha. Este é o pior desastre climático da história do Estado e já afetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 469 dos 497 municípios gaúchos.
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