O Ibovespa fechou estável nesta segunda-feira (6), com o declínio das ações da Braskem (BRKM5) após a Adnoc desistir de participação na petroquímica. A Petrobras (PETR4/PETR3) figurou entre os suportes positivos, ajudada pela alta do petróleo no exterior
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O Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,03%, a 128.465,69 pontos. Na máxima do dia, chegou a 129.180,57 pontos. Na mínima, a 128.293,68 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,4 bilhões. A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a R$ 5,0749 na venda, em leve alta de 0,11%. Em maio, a divisa acumula baixa de 2,27%, após os fortes recuos da quinta e da sexta-feira.
O mercado aguarda uma bateria de balanços corporativos no Brasil nesta semana, bem como decisão de política monetária do Banco Central, que pode trazer sinais sobre uma eventual alteração na taxa terminal da Selic.
A pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira mostrou que economistas consultados pelo BC passaram a ver juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic nesta semana.
Para Pedro Marinho Coutinho, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, a decisão do Copom sobre juros deverá ser de uma queda de 0,50%. “Alguns players do mercado falam em 0,25% e reforçam esse cenário por conta da tragédia no RS, batendo na questão fiscal, mas acredito que a gente ainda tenha o 0,50% na frente para seguir com o guidance que o Copom tinha dado na última reunião.”
Os juros futuros terminaram a segunda-feira em alta no Brasil. Segundo Alexsandro Nishimura, economista da Nomos, os juros reagiram à combinação de maiores projeções para a Selic e inflação observadas na pesquisa Focus, além de possíveis reflexos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre a inflação, com possíveis quebras de safras agrícolas, e até mesmo sobre os gastos do governo para ajudar na reconstrução do estado.
A taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,23%, ante 10,149% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,44%, ante 10,321% do ajuste anterior.
As chuvas no Rio Grande do Sul também impactaram as ações dos frigoríficos, diante das projeções de alta dos preços do milho, puxado pela quebra na safra do estado e escoamento da produção.
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Nos EUA, a agenda macroeconômica é mais fraca para os próximos dias. Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, fechou com elevação de 1,03%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,4894%, de 4,5% na sexta-feira.
“Se nos EUA a semana reserva uma agenda econômica enxuta, por aqui não faltarão temas que poderão movimentar os mercados domésticos”, afirmou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório enviado a clientes mais cedo.
Destaques
– PETROBRAS PN (PETR4) avançou 0,68%, a R$ 40,16, em dia de alta dos preços do petróleo do exterior, com o Brent mostrando acréscimo de 0,45%.
– BRASKEM PNA (BRKM5) desabou 14,53%, a R$ 19,70, após o grupo de Abu Dhabi Adnoc revelar que não tem mais interesse em continuar com negociações com a Novonor para aquisição de participação da empresa na petroquímica brasileira. A Adnoc havia apresentado em novembro uma oferta não vinculante pela participação da Novonor na Braskem que implicava um preço por ação de R$ 37,29, totalizando um valor de R$ 10,5 bilhões.
– GPA ON (PCAR3)(subiu 2,65%, a R$ 3,48, um dia antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre, que será conhecido na terça-feira, após o fechamento do mercado. Foi a terceira alta seguida da ação da rede de varejo alimentar, período em que somou uma valorização de 18,77%, após notícias sobre desconto para quitação de débitos de ICMS com o Estado de São Paulo e venda do imóvel em que fica sua sede administrativa na capital paulista.
– MINERVA ON (BEEF3) recuou 3,69%, a R$ 6,01, tendo no radar relatório de analistas do BTG Pactual cortando a recomendação das ações para “neutra”, com preço-alvo de R$ 8,00. No setor, MARFRIG ON perdeu 4,92% e JBS ON mostrou variação positiva de 0,08%. BRF ON caiu 3,23%, tendo de pano de fundo relatório de analistas do Goldman Sachs, que veem a empresa como a mais exposta relativamente à tragédia climática no Rio Grande do Sul, com mais de 80 mortes confirmadas em decorrência das chuvas intensas no Estado.
– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) fechou com acréscimo de 0,62%, a R$ 32,40, antes da divulgação do balanço nesta segunda-feira. BRADESCO PN caiu 0,07%, a R$ 13,77. Ainda no setor, SANTANDER BRASIL UNIT encerrou estável e BANCO DO BRASIL ON teve elevação de 0,57%.
– BB SEGURIDADE ON (BBSE3) avançou 1,28%, a R$ 33,26, após divulgar lucro líquido de R$ 1,84 bilhão no primeiro trimestre, expansão de 4,7% sobre o mesmo período do ano passado. Em teleconferência sobre o resultado, a companhia disse que não espera que as chuvas que destruíram cidades no Rio Grande do Sul tenham efeito significativo em seus resultados nos próximos trimestre, diante da baixa contratação de seguros de propriedade na região Centro-Sul.
– VALE ON (VALE3)encerrou com acréscimo de 0,30%, a R$ 64,18, respondendo por um suporte relevante, endossada pela alta dos preços futuros do minério de ferro na China após feriado naquele país em parte da semana passada. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 2,63%, a 896 iuanes (US$ 124,21) a tonelada, o maior valor desde 7 de março.
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