A produtora de papel e celulose Klabin teve lucro líquido de R$ 460 milhões de janeiro ao final de março, queda de 64% sobre o desempenho de um ano antes, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (25).
O resultado operacional representado pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,65 bilhão, recuo de 15% na mesma comparação.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 583 milhões no período e Ebitda de R$ 1,64 bilhão, segundo dados do LSEG.
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A Klabin informou ainda que o conselho de administração aprovou distribuição de R$ 330 milhões em dividendos e elegeu Horácio Lafer Piva como presidente do colegiado e reindicação de Cristiano Teixeira para a presidência-executiva da companhia.
A maior fabricante de papéis para embalagens do Brasil teve resultado do primeiro trimestre de 2023 catapultado por aumentos nos preços, entre outros efeitos que compensaram menor volume de vendas no período e valorização do real que pressiona o valor das exportações.
Mas no primeiro trimestre deste ano a companhia sofreu queda de 8% na receita líquida sobre o mesmo período de 2023, a R$ 4,43 bilhões, citando “queda dos preços da celulose e kraftliner, bem como a valorização do real frente ao dólar no período, compensados parcialmente pelo aumento do volume total vendido“.
O custo caixa de produção de celulose, um importante indicador da performance operacional de uma empresa do setor, encolheu 7% no período, para R$ 1.263 por tonelada, apoiado em redução de uso de madeira de terceiros e queda nos preços de insumos químicos. Mas a empresa teve de fazer “intervenções operacionais” em fábrica em Ortigueira (PR) que minimizaram esses efeitos, afirmou a Klabin.
No total, o custo caixa por tonelada caiu 9% no primeiro trimestre sobre um ano antes, com redução de despesas de vendas e custos variáveis, “além da maior diluição de custo fixo devido ao maior volume de venda”.
A Klabin vendeu no período 922 mil toneladas de produtos, alta de 5% sobre o primeiro trimestre do ano passado.
A alavancagem da companhia cresceu de 2,6 para 3,5 vezes em reais e em dólares.
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