Ibovespa recua com Vale e siderúrgicas, mas Itaú e NY atenuam perda

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A moeda norte-americana permanece em queda ante o real

O Ibovespa fechou com um recuo discreto nesta terça-feira, mas distante das mínimas do dia, com Itaú Unibanco entre os principais suportes positivos, enquanto Vale e siderúrgicas pressionaram negativamente, com Usiminas desabando cerca de 14% também afetada por perspectivas da empresa para o curto prazo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,34%, a 125.148,07 pontos. Na máxima do dia, chegou a 125.825,7 pontos. Na mínima, pela manhã, marcou 124.310,1 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,2 bilhões.

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O pregão brasileiro também foi beneficiado pelo viés positivo das bolsas norte-americanas e variações discretas nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, após dados mostrando arrefecimento no crescimento da atividade empresarial da maior economia do mundo.

O responsável pela área de renda variável do grupo financeiro com foco no segmento private Criteria, Thiago Pedroso, destacou que um cenário de desaceleração da economia norte-americana abre espaço para o Federal Reserve voltar a conversar sobre um eventual corte de juros.

Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário norte-americano, subiu 1,196463%, enquanto o rendimento do Treasury de 10 anos marcava 4,6025% no final da tarde, de 4,623% no fechamento da véspera.

Na visão do sócio e especialista da Blue3 Investimentos Victor Hugo Israel, dados como os divulgados nesta sessão criam esperança de que o início de corte de juros da maior economia do mundo ocorra mais cedo que o mercado precifica hoje.

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Ele, porém, não descarta se tratar de um repique técnico de Wall Street após quedas recentes mais fortes, uma vez que o mercado também está em clima de espera para o índice de preços sobre os gastos com consumo (PCE) dos norte-americanos de abril, na sexta-feira, um dado de inflação bastante observado pelo Fed.

De acordo com o analista da CM Capital Alex Carvalho, os dados nos EUA ajudaram a contrabalançar a abertura mais negativa na bolsa paulista, após mudanças nas projeções para Selic, entre outros indicadores, como taxa de câmbio e inflação, na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central antes da abertura do mercado.

De acordo com a pesquisa, economistas no mercado agora veem a Selic em 9,50% no final deste ano, de 9,13% anteriormente. Para 2025, a mediana das projeções passou para 9% ante 8,50%.

DESTAQUES

USIMINAS (USIM5) desabou 13,91%, a R$ 9,10, após divulgar uma queda de 47% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado nos primeiros três meses do ano. A companhia estimou estabilidade no volume de vendas de minério de ferro e aço no segundo trimestre. Ainda no radar, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior do Brasil (Gecex) decidiu elevar para 25% o imposto de importação de 11 produtos de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos.
VALE (VALE3) caiu 0,87%, a R$ 62,78, com os preços futuros do minério de ferro fechando em baixa pela segunda sessão consecutiva na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian cedeu 1,91%, a 849 iuans (US$ 117,17) a tonelada, uma mínima desde 17 de abril. A mineradora também reporta resultado na quarta-feira. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN terminou com uma queda de 4,03% e CSN ON perdeu 2,44%.
PETROBRAS (PETR4) cedeu 0,19%, a R$ 41,42, após seis pregões seguidos de alta, período em que acumulou um ganho de 6,57% relacionado apoiado principalmente pelo noticiário envolvendo dividendos extraordinários da companhia. No exterior, o barril de petróleo Brent terminou com alta de 1,63%
MAGAZINE LUIZA (MGLU3) recuou 5,88%, a R$ 1,44, um dia antes de assembleia de acionistas que deve decidir, entre outros pontos, sobre grupamento de ações na proporção de 10 papéis para 1. Também na coluna negativa, CASAS BAHIA  (BHIA3) perdeu 4,48%, a R$ 5,97.
ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) avançou 1,49%, a R$ 32,00, enquanto BRADESCO PN subiu 0,66%, a 13,67 reais, em dia positivo de modo geral para o setor no Ibovespa. A exceção foi BTG PACTUAL UNIT, que encerrou com declínio de 1,71%, a R$ 32,75.
FLEURY (FLRY3) avançou 5,07%, a R$ 14,72, entre as poucas altas do dia, após acordo para comprar o centro de diagnóstico São Lucas por R$ 69,8 milhões. O Goldman Sachs também elevou a recomendação das ações para “compra”, bem como o preço-alvo de R$ 18 para 19, citando que “tendências saudáveis de desalavancagem e fundamentos operacionais ainda sólidos constituem um bom ponto de entrada”.
GPA (PCAR3) subiu 11,69%, a R$ 2,77, em dia de ajustes, uma vez que até a véspera acumulava apenas em abril queda de mais de 16%. No ano, até a segunda-feira, mostrava um declínio de 35%, contra um recuo de 6,4% do Ibovespa no mesmo período.
ASSAÍ (ASAI3) valorizou-se 1,03%, a R$ 13,70, ajudado por relatório do JPMorgan elevando a recomendação das ações para “overweight” e o preço-alvo de 15 para R$ 17,50. Os analistas do banco também aumentaram o preço-alvo de Carrefour Brasil de R$ 12,50 para 13, mas reiteraram classificação “neutra”. CARREFOUR BRASIL (CRFB3), que divulga dados de vendas após o fechamento nesta terça-feira, avançou R$ 1,16%, a 11,36.

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