Café arábica salta 5% na ICE, atingindo pico de 18 meses; cacau tem recorde em NY

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José Roberto Gomes/Reuters

O Brasil é, de longe, o maior produtor de café arábica do mundo

Os contratos futuros do café arábica na ICE subiram cerca de 5% nesta sexta-feira (12), atingindo o valor mais alto em 18 meses, devido a preocupações com o clima adverso no Brasil, o maior produtor, e com a escassez de oferta no Vietnã, o maior produtor de robusta.

Os futuros do robusta atingiram o valor mais alto em pelo menos 16 anos, enquanto a alta incessante do cacau continuou, com os futuros de Nova York atingindo novamente recorde acima de US$ 10 mil por tonelada métrica.

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Café

O café arábica subia 4,5%, para 2,27 dólares por libra-peso, por volta das 10h20 (horário de Brasília), depois de atingir uma máxima de 18 meses de US$ 2,29.

Os preços do arábica se beneficiaram de uma alta sustentada dos preços do robusta este ano, o que levou os torrefadores a aumentar a quantidade de café arábica que usam nas misturas e a reduzir os volumes de robusta.

“As preocupações com a oferta no Vietnã (maior produtor de robusta) e as chuvas abaixo da média em Minas Gerais, região brasileira que produz cerca de 30% da safra de arábica do país, contribuíram para o aperto do mercado”, disse a Fitch Solutions em uma nota.

O Brasil é, de longe, o maior produtor de arábica do mundo.

O café robusta subia 2,27%, para US$ 3.876 por tonelada. Anteriormente, atingiu US$ 3.893, o nível mais alto desde que o contrato começou a ser negociado em 2008.

Há preocupações cada vez maiores sobre as perspectivas da safra no Vietnã devido às condições de seca, com os negociantes dizendo que os agricultores continuam relutantes em vender, pois estão cada vez mais confiantes em preços ainda mais altos.

Cacau

O contrato do cacau em Londres subia mais de 2%, para 8.439 libras por tonelada métrica, depois de atingir um recorde de 8.474 libras.

Os principais produtores, Costa do Marfim e Gana, estão em meio a uma de suas piores safras.

Os estoques de cacau monitorados pela ICE nos portos dos EUA estão em seu nível mais baixo em três anos.

O cacau negociado em Nova York subia mais de 3%, a US$ 10.206 por tonelada, depois de atingir um recorde de US$ 10.243.

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