Os produtores franceses de beterraba sacarina, matéria-prima do açúcar, terão permissão para usar mais pesticidas este ano devido ao alto risco de ataques de um inseto portador de uma doença que devastou as plantações em 2020, disse a vice-ministra da Agricultura da França nesta sexta-feira (5).
O grupo ambiental Greenpeace expressou sua oposição ao uso de mais pesticidas potencialmente tóxicos, enquanto os produtores de beterraba disseram que a medida não era suficiente e pediram a aprovação de outros produtos.
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Os produtores de beterraba terão permissão para cinco aplicações do Spirotetramat, desenvolvido pela Bayer CropScience sob a marca Movento, em vez das duas atuais, com três aplicações permitidas inicialmente e mais duas se necessário, disse a vice-ministra da Agricultura, Agnes Pannier-Runacher, à rádio France Bleu Nord.
Isso se soma ao pesticida à base de flonicamida Teppeki, da ISK Bioscience, que vem sendo usado há anos, informou o Ministério da Agricultura separadamente. “Com um inverno ameno, temos um risco muito alto de multiplicação de pulgões e, portanto, da doença do amarelo na beterraba”, disse Pannier-Runacher.
“Beterraba é açúcar. Não vamos importar mais açúcar sem cuidar desse risco, portanto, nosso objetivo é oferecer soluções aos agricultores.”
O amarelo da beterraba é transmitido por pulgões e pode causar graves perdas de produtividade.
Um surto dele em 2020 levou a uma queda de 26% na produção de açúcar da França, levando o governo a permitir que os produtores de beterraba usassem um pesticida chamado neonicotinoides, proibido na União Europeia devido aos riscos para as abelhas.
A França teve que abandonar essa isenção no ano passado depois que um tribunal da UE declarou que ela era ilegal, mas os agricultores e cientistas afirmam que alternativas eficazes ainda não estão prontas.
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