Ibovespa encerra rali dos últimos pregões e fecha em queda após aumento da Selic

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O Ibovespa fechou hoje (9) em queda de 1,67%, a 106.291 pontos, devolvendo parte dos ganhos das cinco sessões anteriores e encerrando o rali mais longo da Bolsa desde junho. A queda foi impulsionada pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa Selic pela sétima vez consecutiva, a 9,25% ao ano, ontem (8).

“Achamos que o Banco Central fez muito bem em ser mais duro no comunicado. Inflação é uma coisa com a qual não se pode brincar. O Brasil já teve inflação alta no passado, nós sabemos como isso é prejudicial e como é difícil de controlar, assim como os efeitos negativos que isso causa a médio e longo prazo”, diz Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group.

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As notícias de aumento da Selic não costumam ser bem recebidas pela Bolsa, uma vez que o aumento da taxa básica de juros torna os investimentos de renda fixa mais atrativos, fazendo com que investidores deixem a renda variável para trás.

Por outro lado, o mercado ainda repercute o fatiamento da PEC dos Precatórios que permitiu ao Congresso promulgar os trechos do projeto em que havia consenso entre Câmara e Senado. A decisão abriu espaço fiscal de R$ 60 bilhões para o pagamento do Auxílio Brasil, aliviando parte das tensões fiscais no país.

Entre os destaques positivos da sessão estão Gol (GOLL4), CSN (CSNA3) e Weg (WEGE3), com altas de 3,59%, 1,49% e 1,28%, respectivamente. Já as maiores perdas estão entre as varejistas, que seguem em queda após a divulgação de dados fracos de venda no varejo ontem. Americanas (AMER3), Lojas Americanas (LAME4) Magazine Luiza (MGLU3) caíram mais de 7% cada.

Em Wall Street, os índices também fecharam em baixa. O Dow Jones permaneceu na estabilidade, a 35.754 pontos; o S&P 500 recuou 0,72%, a 4.667 pontos; e o Nasdaq registrou perdas de 1,71%, a 15.517 pontos.

Os índices norte-americanos encerraram três dias consecutivos de ganhos, impulsionados por notícias positivas sobre a variante Ômicron da Covid-19, enquanto o foco se movia para a repercussão de novos dados econômicos.

Hoje, o Departamento do Trabalho divulgou que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para 184 mil, o nível mais baixo em mais de 52 anos. Agora, todos os olhos estão voltados para o índice de preços ao consumidor a ser divulgado amanhã (10). Uma leitura mais alta do que a esperada pode fortalecer argumentos a favor do aperto mais agressivo da política monetária norte-americana.

Os papéis de tecnologia de companhias como Apple, Microsoft, Visa e Nvidia deram sequência a seus ganhos recentes, mas fizeram pouco para impulsionar o setor de tecnologia como um todo, que fechou em queda de 1,09% no S&P 500.

O dólar fechou em alta de 0,70%, negociado a R$ 5,5727 na venda, recuperando parte do terreno perdido nos últimos dois pregões. O movimento ocorreu devido à fuga generalizada de investidores para ativos mais seguros em meio a temores globais relacionados à Covid-19, conforme vários países anunciaram medidas mais rígidas de combate à nova variante.

Parte dessa valorização também refletiu o movimento de compras de grandes agentes importadores, que aproveitaram o preço mais baixo da moeda norte-americana nas mínimas do dia para “ir às compras”, segundo Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora. (Com Reuters)

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