Ibovespa abre queda com resiliência da economia norte-americana

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O Ibovespa opera em queda de 0,16% na abertura do pregão desta quarta-feira (03), a 127.398 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O dia terá muitos indicadores de atividade econômica relevantes para o mercado, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que deve movimentar os ânimos dos investidores.

O dólar avançava 0,38% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,0778.

A indústria no Brasil frustrou as expectativas e registrou retração de 0,3% em fevereiro, marcando o segundo mês seguido no vermelho.

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Com isso, nos dois primeiros meses do ano o setor acumula perdas de 1,8%, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda fica 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,7% abaixo do nível recorde da série, alcançado em maio de 2011.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teve avanço de 5,0%, sétima leitura positiva seguida.
Os resultados foram bem piores do que as expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,3% na base mensal e de 5,6% na anual.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, a abertura de vagas no setor privado dos Estados Unidos superou as expectativas em março, apontando para a continuidade da força do mercado de trabalho.

Foram abertas 184 mil vagas de emprego no setor privado no mês passado, depois de 155 mil em fevereiro em dado revisado, segundo relatório da ADP.

Economistas consultados pela Reuters previam criação de 148 mil vagas no mês passado, contra 140 mil relatadas anteriormente em fevereiro.

O relatório da ADP, desenvolvido em conjunto com o Laboratório de Economia Digital de Stanford, foi publicado antes da divulgação, na sexta-feira, do relatório mais abrangente de empregos do Departamento do Trabalho, referente a março.

Na Ásia, as ações da China fecharam em baixa nesta quarta-feira, acompanhando seus pares regionais, já que os rendimentos dos títulos dos Estados Unidos se mantiveram próximos das máximas de quatro meses, embora dados tenham mostrado que a atividade de serviços da China acelerou.

Um forte terremoto na Ásia levantou preocupações sobre possíveis interrupções na indústria vital de fabricação de chips, prejudicando o sentimento nos mercados de ações regionais.

Os mercados também estão ponderando o risco de cortes mais lentos nas taxas de juros antes dos dados dos EUA. O petróleo ampliou a alta, enquanto os preços do ouro atingiram outro recorde.

Por lá, o crescimento da atividade de serviços acelerou em março uma vez que os novos negócios aumentaram no ritmo mais rápido em três meses, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada nesta quarta-feira, um sinal de recuperação do sentimento na segunda maior economia do mundo.

Juntamente com outras pesquisas de indústria melhores do que o esperado, os dados ampliam as evidências de que partes da economia chinesa estão ganhando impulso no primeiro trimestre.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços do Caixin/S&P Global subiu de 52,5 para 52,7 em fevereiro, ficando acima da marca de 50 que separa expansão de contração pelo 15º mês consecutivo.

O banco central da China implementará de forma precisa e eficaz uma política monetária prudente, dará mais atenção aos ajustes anticíclicos e fará esforços para expandir a demanda doméstica e aumentar a confiança, afirmou a autoridade monetária nesta quarta-feira.

O Banco do Povo da China dará suporte aos bancos para reporem o capital e orientará as instituições financeiras a aumentarem os empréstimos de médio e longo prazo para a indústria manufatureira, disse em um comunicado emitido após reunião trimestral de seu comitê de política monetária.

Dados econômicos sobre o período de janeiro a fevereiro e uma pesquisa com proprietários de fábricas para março sugeriram um início de ano brilhante para a segunda maior economia do mundo e ofereceram alívio às autoridades chinesas que buscam reacender a economia, depois que ela não conseguiu registrar uma recuperação sustentável após a reabertura dos lockdowns.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,22%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,04%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,18%; e no Japão, o índice Nikkei recuou 0,97%.

Na Europa, a inflação da zona do euro caiu inesperadamente no mês passado, solidificando o argumento de que o Banco Central Europeu deve começar a reduzir os custos dos empréstimos.

O aumento dos preços ao consumidor nas 20 nações que compartilham o euro desacelerou para 2,4% em março na base anual, contra expectativa de que repetisse a taxa de 2,6% do mês anterior, já que os preços de alimentos, energia e produtos industriais pressionaram para baixo.

A inflação subjacente, observada de perto pelo BCE para avaliar a durabilidade das pressões sobre os preços, caiu para 2,9%, de 3,1%, ficando abaixo das expectativas de 3,0%, segundo dados da Eurostat, a agência de estatísticas da UE, divulgados nesta quarta-feira.

A única preocupação em potencial para o BCE será o fato de que a inflação de serviços tem se mantido estável em 4,0% há meses, sugerindo que o crescimento relativamente rápido dos salários está mantendo os preços do setor sob pressão constante.

A inflação está em uma trajetória descendente constante há mais de um ano, mas caiu mais rapidamente desde o último outono (no hemisfério norte) do que muitos previram, mudando o debate para quando e com que rapidez o BCE vai reduzir os juros recordes.

O Stoxx 600 ganhava 0,03%; na Alemanha, o DAX avançava 0,21%; o CAC 40 em alta de 0,17% na França; na Itália, o FTSE MIB ganha 0,16%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,27% no Reino Unido.

(Com Reuters)

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