A Braskem teve prejuízo líquido de R$ 1,57 bilhão no quarto trimestre, queda de 8% sobre o resultado negativo de um ano antes e de 35% sobre o desempenho do período de julho a setembro do ano passado, segundo balanço publicado nesta madrugada.
A companhia, maior petroquímica da América Latina, apurou um resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente de R$ 1,05 bilhão, revertendo desempenho negativo sofrido no quarto trimestre de 2022. Ante o terceiro trimestre do ano passado, o Ebitda recorrente cresceu 14%.
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A Braskem, que enfrenta gastos e despesas com a crise ambiental disparada pelo afundamento do solo na região de suas minas de salgema em Maceió, teve um consumo de caixa de R$ 843 milhões no quarto trimestre de 2023 ante uma geração de R$ 155 milhões um ano antes. A crise geológica exigiu R$ 319 milhões em desembolsos de caixa da empresa no final do ano passado.
Em comparação com o terceiro trimestre de 2023, quando o consumo de caixa relacionado a Maceió foi de R$ 1,06 bilhão, porém, a empresa reduziu o consumo de caixa em 70% nos três últimos meses do ano passado.
A Braskem afirmou no balanço que o total de provisões para a crise em Maceió, iniciada em 2018, somava ao final do ano passado R$ 5,24 bilhões, ante R$ 6,63 bilhões em 2022.
A linha final do balanço da empresa na comparação anual foi amparada em parte por uma redução no resultado financeiro negativo da ordem de 67%, para R$ 798 milhões.
A receita líquida de venda caiu 12% sobre um ano antes, em meio a uma redução de 4% na demanda brasileira de resinas, para R$ 16,7 bilhões, mas o custo do produto vendido recuou 18%, apesar da taxa de utilização das centrais petroquímicas da empresa diminuir de 72% no quarto trimestre de 2022 para 66% nos três últimos meses do ano passado.
A Braskem terminou o 2023 com R$ 3,6 bilhões em caixa, sem considerar linha disponível de crédito rotativo de 1 bilhão de dólares que vence em 2026.
A alavancagem da empresa ao final do ano passado era de 8,12 vezes em dólar, considerando um bond híbrido, ante 12,21 vezes ao fim de setembro e 2,42 vezes no encerramento de 2022.
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