A Coamo Agroindustrial, uma das maiores cooperativas de agricultores do Brasil, espera encerrar 2021 com receita recorde de 23 bilhões de reais, conforme nota divulgada nesta segunda-feira (06) com base em números preliminares.
Caso a expectativa se confirme, o montante representará uma alta ante a máxima anterior de 20 bilhões de reais registrada no ano passado.
O presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, disse no comunicado que o resultado ainda depende de fechamento do balanço e da apresentação do valor em assembleia, no início de fevereiro.
No entanto, a estimativa permitiu a distribuição antecipada de 194 milhões de reais aos mais de 30 mil cooperados, nas chamadas “sobras” dos resultados financeiros, prevista para o dia 13 de dezembro.
A distribuição é feita conforme a movimentação de cada agricultor na cooperativa para a entrega da soja, milho, trigo e aquisição de insumos, para produtos comercializados pelos cooperados até 30 de novembro.
Gallassini afirmou que 2021 foi um ano difícil em função da pandemia e de adversidades climáticas, mas a remuneração foi favorável ao setor.
“Foi um ano em que tivemos de tudo um pouco. As lavouras sofreram, principalmente, com seca e geadas causando perdas na produção de soja, milho segunda safra e trigo. Por outro lado, os preços contribuíram e o resultado acabou sendo satisfatório”, disse ele.
Ainda segundo o executivo, há um volume maior de grãos entregue à cooperativa, mas que não foi comercializado e, portanto, fica de fora das sobras de resultados. O mesmo vale para os insumos da segunda safra de milho, que não foram retirados.
Além disso, “o valor maior das sobras será em fevereiro, quando (os produtores) utilizarão para pagamento das contas e investimento na propriedade”, acrescentou.
Os associados da cooperativa estão localizados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
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