A Alianima, organização de proteção animal e ambiental sediada em São Paulo (SP), divulgou a segunda edição do “Observatório Suíno”, relatório que avalia o bem-estar desses animais na indústria brasileira.
Com a participação de 14 empresas (Alegra Foods, Aurora, BFFC, BRF, Burger King, Frimesa, JBS, McDonald’s, Pamplona, GPA, Ciao Pizzeria Napoletana, Marfrig, TrendFoods e Subway), a pesquisa revelou um avanço positivo para o alojamento das fêmeas de suínos durante a fase de gestação para baias coletivas. O alojamento das matrizes em baias grandes pode evitar a ocorrência de problemas de saúde, como lesão nas patas, infecções urinárias, atrofia muscular e distúrbios comportamentais.
Contudo, a organização afirma que o setor ainda tem um longo caminho a percorrer até 2029, ano em que a produção brasileira de carne suína deve chegar a 5,1 milhões de toneladas. O setor ainda deve implementar medidas como a castração cirúrgica com anestesia (ou imunocastração), o banimento do corte de cauda e a adoção de formas menos dolorosas para identificação dos animais.
“Esse relatório é importante sobretudo numa época em que cada vez mais é exigido um tratamento digno e com um mínimo de estresse aos animais, desde a reprodução até o momento do abate”, diz Patrycia Sato, presidente e diretora técnica da Alianima. “Esperamos mais transparência por parte dessas empresas, e que elas possam revisar seus posicionamentos. A divulgação de informações é cada vez mais cobrada por consumidores e investidores.”
Sicredi neutraliza Emissões de Gases de Efeito Estufa
A Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em 25 estados e Distrito Federal, neutralizou suas emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa) em nível nacional. A neutralização das mais 21 mil toneladas de GEE emitidas em 2020 pela instituição foi realizada por meio de apoio a cinco diferentes projetos de créditos de carbono, um em cada região do Brasil.
A instituição utilizou como critérios de escolha projetos que tenham impactos sociais, ambientais e econômicos positivos, auditados e certificados e que seguem padrões de qualidade reconhecidos internacionalmente, além de contribuírem para os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável).
“É importante destacar que as escolhas por esses respectivos projetos têm como objetivo, além de ratificar o nosso compromisso com a sustentabilidade, favorecer diretamente as regiões onde estamos presentes, apoiando projetos que estão próximos às comunidades”, afirma Romeo Balzan superintendente da Fundação Sicredi.
Os projetos apoiados englobam: créditos de carbono de compostagem de resíduos da suinocultura, geração de energia elétrica renovável por meio de coleta de biogás de aterro, créditos de carbono de conservação florestal na Amazônia e substituição de lenha nativa como combustível por biomassa.
Instituto da Pesca apresenta ração sustentável para peixes carnívoros
O Instituto de Pesca apresentou ao setor produtivo uma nova ração sustentável para peixes. O novo alimento, desenvolvido em parceria com a BRF Ingredients — unidade de negócios interdependente da companhia especializada na produção de ingredientes de alta performance para as indústrias de nutrição e saúde —, permite a substituição total da FP (farinha de peixe) para alimentação da truta arco-íris utilizando insumos sustentáveis e subprodutos da indústria animal.
De acordo com a pesquisadora do Instituto de Pesca, Neuza Takahashi, a nova tecnologia trará impacto para toda a indústria mundial de salmão, peixes nativos e peixes marinhos. “A criação de peixes carnívoros depende de ração a base de farinha de peixe, na qual 5 kg de peixes marinhos capturados são usados para produzir 1 kg de peixe cultivado. Tal impacto sobre a natureza não é mais tolerado. Os consumidores exigem uma ração com insumos não extrativista, como essa que desenvolvemos.”
Para o desenvolvimento do novo ingrediente, foram utilizados os subprodutos da indústria de processamento de aves, fontes proteicas renováveis de qualidade e rastreáveis. O produto encontra-se disponível no mercado nacional como “Proteína Hidrolisada de Frango”.
“A aquicultura do futuro tem que ser sustentável econômica e ambientalmente, portanto, além do uso de fontes proteicas alternativas de qualidade, a busca por ração comercial Zero-FP é a forma de preservar os recursos marinhos limitantes e garantir o crescimento da indústria aquícola”, afirma Neuza.
Primeira cultivar de guaraná propagada por semente é lançada pela Embrapa
A Embrapa Amazônia Ocidental, unidade localizada em Itacoatiara (AM), apresentará a primeira cultivar de guaraná que pode ser reproduzida por sementes. Além de aumentar em mais de sete vezes a produtividade anual — alcançando 2,3 kg/planta enquanto 0,3 kg/planta é a média do estado do Amazonas — a cultivar possui resistência à principal doença que afeta o guaranazeiro, a antracnose.
“A forma de reprodução por sementes possibilita ao produtor fazer suas próprias mudas para expansão dos cultivos, após receber o lote de sementes básicas da cultivar”, ressalta o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, André Atroch. Outro diferencial importante é que representa uma alternativa ao cultivo de guaraná por mudas clonais.
A BRS Noçoquém, como foi batizada, será lançada durante a programação da 43ª Expoagro, em Manaus (AM), no dia 9 de dezembro, às 17h, e contará com palestra do diretor-executivo de Gestão Institucional da Embrapa, Tiago Toledo Ferreira. Com essa cultivar propagada por semente, espera-se aumentar a quantidade de produtores dedicados à essa cultura e expandir a área plantada no estado do Amazonas.
UPL é eleita líder mundial na gestão de riscos ESG
Pela segunda vez consecutiva, a indiana UPL, uma das principais empresas de soluções agrícolas do mundo, foi classificada em primeiro lugar em gestão de riscos ESG (ambientais, sociais e de governança) pela Sustainalytics, companhia holandesa especializada na classificação da sustentabilidade de empresas em 17 países.
A companhia agrícola alcançou a melhor pontuação entre as empresas globais de proteção de cultivos. Foram avaliados quesitos como governança corporativa, relações comunitárias, ética empresarial e pegada de carbono.
“O trabalho não acabou. Muito pelo contrário. Continuamos avançando com novas iniciativas de sustentabilidade na agricultura para garantir um mundo melhor para todos”, afirma o CEO global da UPL, Jai Shroff. O executivo ainda ressalta como exemplo o projeto “Gigaton Challenge”, iniciativa lançada em outubro com o objetivo de tirar 1 gigatonelada de CO2 da atmosfera até 2040. Para isso, o desafio criará créditos de carbono para incentivar e apoiar os agricultores na adoção de práticas sustentáveis e regenerativas.
Cooperativa arrozeira do RS projeta faturamento superior a R$150 milhões de 2021
Sediada em uma península entre Lagoa dos Patos (RS) e o mar, a Cooperativa Arrozeira Palmares completa 60 anos neste mês e tem motivo para comemorar, pois deve atingir em 2021 um faturamento superior a R$150 milhões, registrado no ano passado.
A Arrozeira também afirma que investiu R$ 5 milhões para diminuir a quantidade de material particulado (poeira), oriundo do processo de recebimento, secagem, armazenagem, movimentação e beneficiamento dos grãos.
“A Cooperativa é uma senhora que precisa se manter jovem e moderna, sem esquecer a sua principal tarefa que é receber bem o arroz dos associados, classificá-lo de forma correta, armazenar o produto em ótimas condições e, depois, conseguir a melhor comercialização possível”, explica o diretor-presidente José Mathias Bins Martins. “Estamos vendo que o terroir próprio também favorece o plantio de soja e a criação de animais, como ovinos, bovinos e equinos, a nossa condição climática amena é muito favorável para o bem-estar animal. Além disso, os cultivos de produtos como milho, trigo e aveia, que estão começando a ser testados, devem provocar uma transformação muito grande em toda a região e a Cooperativa tem que estar atenta ao movimento do produtor.”
Com 169 associados distribuídos em municípios como Capivari do Sul, Cidreira, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Tavares e Viamão, a cooperativa beneficia 45 milhões de quilos por ano.
Prodap adquire o A3Pecuária e mira nas pequenas e médias fazendas
A Prodap, empresa mineira de soluções para a pecuária de corte, leite e fábricas de ração animal, anuncia a aquisição do A3Pecuária, software destinado ao gerenciamento de rebanhos. Essa é a primeira aquisição da Prodap, e está atrelada aos investimentos em tecnologia realizados pela empresa, que somarão R$16 milhões em 2021, para o desenvolvimento de soluções para seus clientes.
Com 4,5 mil fazendas cadastradas em suas plataformas e projeção de crescimento de 53% até o fim do ano, a empresa realizou essa aquisição pois tem como objetivo expandir a atuação junto aos pequenos produtores.
“Precisávamos rapidamente ter uma solução para esse público que entregasse o mesmo nível de excelência dos nossos produtos, e foi estratégico fazer essa compra para que o A3Pecuária complemente o nosso portfólio digital e aumente a nossa capacidade de penetração nesse mercado”, destaca Leonardo Sá, CEO da Prodap.
BASF lançará programa global de agricultura de baixo carbono
A BASF, empresa química alemã, por meio de sua divisão de soluções para agricultura, anunciou que irá estabelecer um programa que permite aos agricultores rastrearem e obterem retorno financeiro com as práticas de redução das emissões de CO2.
O “Programa Global de Agricultura de Carbono”, que será lançado em fases a partir de 2022, faz parte de uma meta da divisão para diminuir em 30% a pegada de carbono por tonelada de cultivo produzido até 2030, para as culturas de trigo, soja, arroz, canola e milho. Para isso, ferramentas de sustentabilidade serão utilizadas para orientar e avaliar as melhorias, ajudando os agricultores a tomar decisões mais assertivas
“Os agricultores desempenham um papel importante no alcance da meta de zero emissão líquida de gases do efeito estufa e a limitar o aquecimento global. Por meio de uma abordagem holística, o programa da BASF contribuirá para aumentar a produtividade e apoiará os agricultores a tornarem-se mais resilientes nas operações agrícolas”, afirma a empresa em nota.
Brasil passa a contar com o primeiro núcleo de capacitação em exportação de cachaça
Durante evento na última sexta-feira (3), em João Pessoa (PB), a Apex-brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) lançou o primeiro núcleo de capacitação do Brasil especializado em exportação de cachaça.
Destinado a produtores da Paraíba e de todo o nordeste — região que representa 30% de toda a produção nacional da bebida —, o programa visa atender 100 empresas de diferentes setores até 2023 e prepará-las para o processo de exportação “de forma planejada e segura”.
Segundo Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, o “Programa de Qualificação para Exportação Agro Cachaça” é uma importante ferramenta da estratégia conjunta de promoção da Cachaça e de valorização do setor no mercado externo e será um significativo aliado da agenda proposta pelo Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça – Cachaça: Taste The New, Taste Brasil.
Desenvolvido pelo IBRAC, em parceria com a Apex-Brasil, o Projeto Setorial prevê uma série de ações para aumentar a base exportadora de Cachaça, além de consolidar seu reconhecimento como um destilado genuinamente brasileiro e de qualidade internacionalmente competitiva.
“O programa de capacitação contribuirá para que os produtores do Nordeste possam se beneficiar da expertise em exportação da parceria Apex-Brasil – IBRAC, o que vai possibilitar uma participação ativa dessas empresas, em especial das micro e pequenas, na agenda que o projeto setorial está impulsionando no mercado externo”, completa Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC (Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional).
Adama inaugura primeira fábrica de herbicidas com formulação OD do mundo
A Adama, companhia israelense de soluções agrícolas e parte da holding ChemChina, inaugurou uma nova unidade fabril em Londrina (PR). A fábrica, voltada exclusivamente para a produção de herbicidas com T.O.V. (Tecnologia, Operação Simplificada e Valor Agregado) para o produtor e formulação OD (Dispersão em Óleo)
“Esta é a primeira fábrica do mundo de herbicidas OD e seu grande diferencial é a tecnologia T.O.V. Ela foi pensada para ter as melhores tecnologias de operação e automação a fim de garantir segurança, qualidade, confiabilidade e menor impacto ao meio ambiente”, explica Ana Colla, diretora de operações da empresa.
A nova unidade fabril recebeu investimentos de US$ 2 milhões para construção e instalação de equipamentos de alta tecnologia. Com capacidade produtiva de 8 milhões de litros / ano, será usada também para a produção de outros três lançamentos em herbicidas T.O.V nos próximos cinco anos. “A fábrica é toda automatizada, será operada por tablets e monitorada 24h em uma sala central de monitoramento”, revela Ana.
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