IBC-Br tem alta acima do esperado em dezembro

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Fachada do Banco Central do Brasil – BC – Foto: Adriano Machado – Reuters

O Banco Central e o Ministério da Fazenda projetam uma expansão de 3,0% do PIB em 2023

A atividade econômica brasileira cresceu mais do que o esperado em dezembro e fechou o quarto trimestre do ano passado com resultado positivo, terminando 2023 com crescimento de 2,45%, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira (15).

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O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou em dezembro crescimento de 0,82% em relação a novembro em dado dessazonalizado, resultado acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,75%.

Foi o quarto resultado mensal positivo, que ajudou o índice a fechar o quarto trimestre com expansão de 0,22% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.

O BC ainda revisou o resultado de novembro para uma expansão de 0,1%, de variação positiva de 0,01% informada antes. Na comparação com dezembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,36%, de acordo com números observados.

Depois de surpreender no primeiro semestre de 2023 e mostrar resiliência no terceiro trimestre, a expectativa era de que a economia brasileira teria terminado o ano rondando a estagnação.

De um lado pesaram os efeitos defasados dos juros elevados, o alto endividamento das famílias e a dissipação dos efeitos do setor agrícola. Mas o mercado de trabalho favorável e o arrefecimento da inflação favoreceram de outro.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará em 1° de março os números oficiais do PIB em 2023. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3,0%.

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Tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda projetaram no final do ano passado uma expansão de 3,0% do PIB em 2023.

Dados recentes mostram que o último mês de dezembro foi marcado por desempenho melhor do que o esperado da indústria, mas queda intensa das vendas varejistas e decepção com o aumento no volume de serviços.

Para 2024 fica no foco o afrouxamento monetário iniciado em agosto pelo Banco Central e medidas para o equilíbrio fiscal, com a cena externa voltada para a perspectiva de redução dos juros globais. O Banco Central já tirou a taxa básica de juros Selic do pico de 13,75% para o patamar atual de 11,25%

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

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