Em um dormitório de Harvard, o estudante Mark Zuckerberg – com a ajuda de seus colegas de quarto Andrew McCollum, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e o brasileiro Eduardo Saverin – escrevia os primeiros códigos da plataforma que se tornaria o expoente da comunicação digital. Em 4 de fevereiro de 2004, nascia oficialmente o “The Facebook”, um website exclusivo para estudantes universitários compartilharem informações e se conectarem de forma online.
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A rede, inicialmente limitada à Harvard, se expandiu rapidamente para outras universidades dos Estados Unidos e Canadá.
Além do apoio financeiro de Saverin, os estudantes receberam, em 2005, o investimento e orientação de Sean Parker, co-fundador da Napster, empresa pioneira no compartilhamento de músicas online, que foi o primeiro presidente da rede social e responsável pelo nome “Facebook”.
Ascensão meteórica
Aos poucos, com a adição de ferramentas inovadoras, como os murais onde os usuários podiam publicar mensagens e fotos nos seus próprios perfis, além de visitar e interagir com pessoas conhecidas, o Facebook conquistou o mundo. Em dezembro de 2006, a rede já possuía 12 milhões de usuários. Em 2008, com Zuckerberg milionário, o “Face” se consolidou como a rede social mais acessada do mundo, ultrapassando o pioneiro “MySpace”.
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A expansão não parou por aí, em abril de 2012, o Facebook surpreendeu o mundo ao adquirir o Instagram, popular plataforma de compartilhamento de fotos. A transação foi avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão.
Dois anos depois, em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou outra aquisição impactante, desta vez incorporando o WhatsApp por uma quantia extraordinária de US$ 22 bilhões, uma das maiores transações da história da tecnologia.
Embora a utilização do facebook tenha entrado em declínio com o avanço da concorrência, principalmente com a entrada do TikTok no mercado, a rede social bateu o recorde histórico de 3 bilhões de usuários mensais em 2023.
Entre erros e acertos, a Meta, empresa mãe do Facebook, alcançou o impressionante valor de mercado de US$ 1,22 trilhão — o que corresponde ao Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países. De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o PIB do Brasil, em 2023, foi de US$ 2,13 trilhões.
Controvérsias
As polêmicas envolvendo a fundação do Facebook são dignas de filme (literalmente). Com oito indicações ao Oscar, e vencedor da categoria de melhor roteiro adaptado, o filme “The Social Network” (A Rede Social), baseado no livro “The Accidental Billionaires”, levou às telas do cinema a trajetória dos jovens que se tornaram bilionários com a criação da maior rede social do mundo.
Tanto no filme quanto na vida real, os brasileiro Eduardo Saverin e os gêmeos Winklevoss são os principais prejudicados com o desejo insaciável de crescimento do jovem Mark Zuckerberg.
Os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss haviam contratado Zuckerberg para desenvolver a ConnectU, um site para conectar os alunos de Harvard — que os gêmeos alegam ser a principal fonte de inspiração para o “The Facebook”. Em 2008, após um acordo judicial controverso, os Winklevoss receberam 65 milhões de dólares em dinheiro e ações para encerrar o caso.
Eduardo Saverin, até hoje um dos homens mais ricos do Brasil, com uma fortuna de US$ 26,5 bilhões (R$ 131,4 bilhões), foi o primeiro investidor-anjo do Facebook. Porém, discordâncias entre Zuckerberg e Saverin sobre o modelo de gestão da empresa levaram Mark à decisão de afastar o brasileiro das decisões institucionais e, em seguida, liquidar sua participação para cerca de 5%.
Privacidade e dados
Em 2018, após alguns anos de “sossego” judicial, Mark Zuckerberg foi convocado para depor ao Congresso dos Estados Unidos devido ao caso “Cambridge Analytica”. No início daquele ano, os jornais “The New York Times” e “The Guardian” publicaram um dossiê sobre o vazamento de dados de usuários do Facebook para a empresa que cuidava da campanha eleitoral de Donald Trump à presidência em 2016.
Em 2019, a Big Tech concordou em pagar o valor histórico de US$ 5 bilhões em um acordo com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos.
Meta
Na manhã do dia 28 de outubro de 2021, Mark Zuckerberg começava um novo capítulo na história do Facebook. O bilionário anunciou a “Meta”, nova marca institucional da empresa. “Somos uma companhia que desenvolve tecnologia para conectar e, juntos, podemos colocar as pessoas no centro dessa tecnologia e desbloquear uma economia de criadores mundo afora”, afirmou à época.
O contexto para a mudança drástica foi o compromisso financeiro da Big Tech para construir o “metaverso”. Zuckerberg disse que o futuro do Facebook não será atrelado às mídias sociais, mas às tecnologias imersivas e espaciais.
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