Analistas do Itaú BBA melhoraram suas projeções para os resultados do Mercado Livre e elevaram o preço-alvo das ações ao final de 2024 para 2.106 dólares, de 1.628 dólares anteriormente, conforme relatório a clientes nesta terça-feira, reiterando a recomendação “outperform” para os papéis.
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O novo preço representa um “upside” de quase 20% em relação à cotação de fechamento da segunda-feira, de 1.756,30 dólares. Nesta sessão, por volta de 12:10, os papéis, que são negociados na Nasdaq, em Nova York, subiam 0,23%, a 1.760,35 dólares.
“Nós estamos revisando nossas estimativas de médio e longo prazos com base nos sólidos ganhos de rentabilidade que vemos no futuro, impulsionados pela contínua monetização da plataforma do Mercado Livre”, afirmou a equipe chefiada por Thiago Macruz.
De acordo com os analistas, tendências melhores do que o previsto de faturamento no terceiro trimestre no e-commerce — lideradas por Brasil e México — e na fintech — com crescimento de TPV mais rápido do que o esperado — resultaram em revisão para cima das estimativas de receita líquida em 2024 e 2025.
Eles agora esperam receita líquida de 17,492 bilhões de dólares neste ano, de 16,857 bilhões de dólares anteriormente. Para o próximo exercício, a projeção passou de 18,661 bilhões de dólares para 19,831 bilhões de dólares.
Também foram revisadas as perspectivas para a métrica de receita GMV (Gross Merchandise Volume, ou volume bruto de mercadoria): para 48,692 bilhões de dólares em 2024 e 53,245 bilhões de dólares em 2025, de 44,903 bilhões e 49,587 bilhões de dólares antes, respectivamente.
Para o TPV (volume de dinheiro processado através dos meios de pagamento) total, as estimativas passaram a 202,205 bilhões de dólares neste ano (de 181,350 bilhões de dólares antes) e 221,113 bilhões de dólares no próximo exercício (de 200,265 bilhões de dólares antes.
Quanto à rentabilidade, a equipe do Itaú BBA acrescentou que, apesar da aceleração nas operações 1P (quando os produtos são vendidos diretamente pela plataforma de e-commerce ou varejista online), estavam elevando suas estimativas em razão da evolução melhor que a prevista no terceiro trimestre de 2023.
“Isto se deve principalmente ao crescimento consistente da publicidade, aos custos de financiamento mais baixos, às operações de remessa mais eficientes e à diluição mais rápida do que o previsto das despesas de vendas e marketing”, argumentaram os analistas no relatório.
Assim, a previsão para a margem Ebit (lucro antes de juros e impostos) passou de 13,8% para 16,1% em 2024 e de 15,8% para 18,1% em 2025.
Macruz e equipe afirmaram que esse foi o principal “driver” para a revisão das projeções deles para o lucro em 2024 — de 1,492 bilhão para 1,824 bilhão de dólares — e para a última linha do balanço de 2025 — de 2,115 bilhões para 2,610 bilhões de dólares.
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