A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) lançou ontem (18) uma campanha para incentivar os motoristas a utilizarem o etanol, em vez da gasolina. Veiculada em rádio, TV e redes sociais com o bordão “Vai de Etanol”, a iniciativa se baseia em 10 vídeos e quatro spots de rádio e deve ser transmitida nos principais centros de consumo de combustíveis do país.

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A moagem de cana-de-açúcar no Centro-sul bateu recorde na safra de 2023/2024, de acordo com a entidade, que representa as usinas da região. No acumulado de abril até dezembro, atingiu 638,4 milhões de toneladas, ante 539,6 mi t registradas no ciclo de 2022/2023 – alta de 18,3%.  Na atual entressafra, os estoques estão cheios e o preço do etanol tem recuado — de 8 a 12 de janeiro, o etanol hidratado em São Paulo fechou em R$ 1,84/litro, queda de 1,64%, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq.

“A iniciativa ocorre em decorrência da necessidade urgente de acelerar a substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis, reduzindo a emissão dos gases que provocam o efeito estufa”, afirma Evandro Gussi, o presidente da Unica.

Os roteiros da TV foram pensados para englobar os mais diversos públicos. Desde motoristas de táxi e aplicativos, idosos, mulheres executivas, aficionados por carros e até mesmo os frentistas dos postos, a ideia é retratar, com bom humor, um pouco do que acontece no dia a dia das pessoas, abordando as dúvidas e receios, para trazer a mensagem atualizada do setor, segundo a assessoria de imprensa da entidade.

“Pesquisas indicam que ainda existe desconhecimento sobre as vantagens do uso de etanol nos veículos. Além de esclarecer essas dúvidas, os filmes tratam dos benefícios ambientais, sociais e econômicos que o biocombustível tem”, acrescenta Gussi.

Produção do biocombustível acumula alta

No acumulado da safra de 23/24 até 15 de dezembro, a fabricação do biocombustível pelas usinas do Centro-sul acumula 30,9 bilhões de litros, alta de 13,65% em relação à temporada anterior, sendo 18,4 bilhões de etanol hidratado (+17,57%) e 12,5 bilhões de anidro (+8,32%).

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Já a produção de adoçante desde 1º de abril até a segunda quinzena de dezembro totaliza 41,7 milhões de toneladas, contra 33,3 milhões de toneladas do ciclo anterior (+25,16%). Como os preços do açúcar estão aquecidos no mercado global, os produtores resolveram destinar mais cana-de-açúcar para o adoçante este ano.

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