O Ibovespa opera em alta de 0,48% na abertura do pregão de hoje (1º), a 102.402 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O mercado doméstico repercute as votações da PEC dos Precatórios em Brasília. No cenário internacional, o aumento contínuo de casos do coronavírus continua preocupando os investidores.
O dólar cai 0,40% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,6144.
No mercado doméstico, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 1,08% em novembro, ante 0,77% em outubro, de acordo com os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quarta-feira. Com esse resultado, o índice passou a acumular nos 12 meses até novembro um avanço de 9,89%.
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 5% este ano e desacelerar para 1,4% em 2022, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A entidade fez alertas sobre a crise hídrica e as incertezas fiscais domésticas, que considera como riscos ao desempenho da economia.
“O ritmo da campanha de vacinação acelerou e a atividade econômica, sustentada pelo consumo e pelo investimento privado, retomou com a diminuição das restrições relacionadas à pandemia de Covid-19”, disse a OCDE em seu relatório de perspectivas econômicas. Além disso, “as exportações têm se beneficiado da recuperação global e de uma taxa de câmbio mais fraca”.
Em Brasília, a PEC dos Precatórios, medida prioritária para o governo por permitir a abertura de mais de R$ 100 bilhões de espaço fiscal, será o primeiro item da pauta do Senado hoje, anunciou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Por lá, o presidente Jair Bolsonaro também editou decreto para alterar a programação orçamentária e financeira. O objetivo do Planalto é adequar os limites de empenho e movimentação financeira e de pagamento das despesas públicas primárias discricionárias do Poder Executivo federal, que estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021, ao cumprimento da meta de resultado primário.
De acordo com comunicado do governo divulgado no final do dia de ontem (30), com a reavaliação das receitas primárias e das despesas primárias constantes da LOA de 2021 no fim do quinto bimestre de 2021, verificou-se a possibilidade de ampliação dos limites de empenho e movimentação financeira de todos os Poderes, Ministério Público da União (MPU) e Defensoria Pública da União (DPU) no total de R$ 235,75 bilhões.
Na visão de Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, esses fatores fiscais e a nova alta dos casos do Covid-19 estão segurando o Ibovespa. “A Bolsa está sofrendo no curto prazo, já que a falta de confiança [leva a] muitas retiradas neste momento, então dificilmente vamos ver a Bolsa subindo no curto prazo”, avaliou.
Mercados internacionais
Os Estados Unidos anunciaram regras mais rigorosas para exames de Covid-19 de passageiros que estiverem entrando no país. A iniciativa foi tomada por causa da incerteza em torno da variante ômicron do coronavírus e sua capacidade de driblar a proteção das vacinas.
Ontem, Jerome Powell afirmou que irá acelerar a retirada de estímulos do país, o que preocupou os investidores. Desde que a pandemia começou, a autoridade monetária vem adquirindo bilhões de dólares em títulos do Tesouro diariamente para aquecer a economia. O Federal Reserve já diminuiu as compras em novembro e pode acelerar o tapering, como é chamado o processo de retirada gradual desses estímulos, já este mês, sinalizou Powell.
Na Ásia, as ações da China fecharam em alta nesta quarta-feira, refletindo avanço dos papéis dos setores imobiliário e de energia.
O vice-premiê chinês, Liu He, disse esperar que o crescimento anual deste ano ultrapasse a meta do governo, e afirmou que o país manterá a continuidade, estabilidade e sustentabilidade da política macroeconômica para o próximo ano.
O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,78%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,09%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,36%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,41%.
Na Europa, o crescimento da indústria acelerou levemente no mês passado, mas os gargalos da cadeia de oferta pioraram, limitando a produção e levando os custos de matérias-primas ao patamar mais alto em mais de duas décadas, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI final de indústria da IHS Markit subiu a 58,4 em novembro de 58,3 em outubro, contra estimativa preliminar de 58,6, mas ainda confortavelmente acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. O subíndice de produção subiu a 53,8 de 53,3 em outubro.
Por lá, as bolsas operam em alta. O Stoxx 600 ganhava 1,25%; na Alemanha, o DAX sobe 1,77%; o CAC 40 em alta de 1,63% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 1,79%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 1,40% no Reino Unido.
Commodities
Os contratos futuros do carvão metalúrgico e do coque chinês avançaram nesta quarta-feira, impulsionados por preocupações com o fornecimento, já que as importações de carvão da Mongólia foram interrompidas pelo recente surto da variante do coronavírus Ômicron.
Algumas cidades fronteiriças na região da Mongólia Interior, na China, e na província de Heilongjiang suspenderam as importações que não sejam por ferrovia de produtos como carvão, minério de ferro, minério de cobre e zinco, com o objetivo de reduzir o risco em meio a um recente ressurgimento de infecções.
Os futuros do minério de ferro de referência na bolsa de Dalian, para entrega em janeiro, subiram 1,6%, para 624 iuanes por tonelada.
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