Bom dia. Estamos na quinta-feira, 14 de dezembro.
Cenários
Os investidores foram dormir eufóricos na quarta-feira (13) devido aos pronunciamentos surpreendentemente benignos dos bancos centrais no Brasil e nos Estados Unidos. Em Washington, o Federal Reserve (FED) confirmou as expectativas ao manter os FED Funds estáveis na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. No entanto, em seu comunicado, o FED incluiu o comentário de que a “inflação arrefeceu no último ano”, embora reconheça que ainda esteja elevada. Jerome Powell, presidente do FED, confirmou na entrevista coletiva posterior à divulgação do resultado que a autoridade monetária já está discutindo cortes nos juros.
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No Brasil, o Comunicado da 259ª reunião do Comitê de Política Monetária foi considerado brando pelos investidores. O economista Vinicius Moura, sócio da Matriz Capital, avaliou que o tom do Comunicado veio “positivo, com uma expectativa de mais reduções futuras, no plural e não no singular, o que anima o mercado”. Para Moura, o texto foi “bem brando, bem tranquilo, sem nenhum ponto preocupante quanto às expectativas da taxa de juros para as próximas reuniões”.
Perspectivas
As declarações de Powell levaram os investidores a crer que o início do ciclo de relaxamento dos juros nos EUA vai vir dois meses mais cedo do que se esperava. As apostas para o primeiro corte da taxa, que até a quarta-feira estavam concentradas em maio, passaram para março. Segundo os indicadores da CME, essa probabilidade subiu para 76,1% ante 41,3% na véspera. Agora, a estimativa para 2024 é de uma queda de 1,5 ponto percentual completo nos juros, com os FED Funds chegando à faixa entre 3,75% e 4,00%.
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A projeção de queda nos juros no curto prazo trazida pelo gráfico de pontos do Fed, combinada ao ajuste em baixa das projeções de inflação para este ano (5,6% para 5,4%), para o ano que vem (5,1% para 4,6%) e para 2025 (3,9% para 3,6%), também ajudou a empolgar o mercado.
Nesta quinta-feira (14) haverá mais duas reuniões importantes, a do Banco Central Europeu (BCE) e a do Banco da Inglaterra, o BC britânico. A expectativa do mercado é que, como ocorreu na véspera, as taxas da Zona do Euro e da Inglaterra sigam inalteradas, mas que Christine Lagarde, presidente do BCE, e Andrew Bailey, banqueiro central da Inglaterra, também indiquem um horizonte possível para o afrouxamento das políticas monetárias na Zona do Euro e no Reino Unido.
Indicadores
Brasil
Pesquisa Mensal do Comércio (Out)
Esperado: 0,2%
Anterior: 0,6%
Pesquisa Mensal do Comércio (12m)
Esperado: 1,8%
Anterior: 3,3%
Estados Unidos
Vendas no varejo (Nov)
Esperado: – 0,1%
Anterior: + 0,1%
Zona do Euro
Decisão sobre a taxa de juros
Esperado: 4,50%
Anterior: 4,50%
Reino Unido
Decisão sobre a taxa de juros
Esperado: 5,25%
Anterior: 5,25%
O post Pré-mercado: euforia com os bancos centrais apareceu primeiro em Forbes Brasil.